Opção não é uma boa escolha para sua saúde e para o meio ambiente.
Seguir tendências da moda exige troca das peças do guarda-roupa conforme as coleções são lançadas. Por isso, as roupas de tecido sintético estão sempre em alta: baixo custo e fast fashion (a moda descartável de baixo custo). Não é à toa que a indústria da moda é responsável por 10% das emissões anuais de carbono.
Mas, você sabia que o tecido sintético traz impactos para a sua saúde e para o meio ambiente?
Riscos ao meio ambiente
O tecido sintético é composto, em sua totalidade – ou maior parte, por fibras não-naturais, ou seja, a partir de fibras produzidas artificialmente. Do ponto de vista ambiental, poliéster, acrílico e nylon são tecidos sintéticos semelhantes. Como o plástico, eles são fabricados a partir de óleo. Os sintéticos de base petroquímica representam 65% de todas as fibras produzidas anualmente, sendo o poliéster de longe o tecido sintético mais utilizado. Comparado ao algodão, o poliéster tem menor pegada hídrica e precisa ser lavado em temperaturas mais baixas, o que reduz o uso de energia pós-consumo. Mas as emissões de uma única camiseta de poliéster são estimadas em 5,5 kg CO2-eq, em comparação com 2,1 kg CO2-eq de uma camiseta feita de algodão.
Reciclar poliéster requer menos energia do que produzi-lo novo, resultando em menos emissões de gases de efeito estufa. Mas a maior parte do poliéster reciclado é feito de garrafas plásticas. Apoiada como uma solução sustentável para os resíduos plásticos, as lãs de microfibra e outros têxteis reciclados a partir do plástico são agora entendidos como uma fonte perigosa de poluição plástica. Isso porque eles liberam microfibras quando lavados e, por serem muito pequenas, os filtros das máquinas de lavar convencionais não conseguem retê-las, resultando na poluição marinha.
Riscos à saúde
Embora essas microfibras possam ser mais baratas do que as fibras naturais e mais fáceis de produzir em grandes quantidades, ainda representam riscos à saúde dos consumidores.
O poliéster está fortemente ligado à interrupção hormonal e até mesmo à formação de células de câncer de mama. Este risco para a saúde não é apenas sofrido pelos consumidores, também os trabalhadores das fábricas enfrentam riscos. O processo de transformação do petróleo em poliéster é um processo longo, tóxico e desagradável. Os funcionários trabalham em condições terríveis e enfrentam problemas de saúde debilitantes.
Além disso, roupas de tecido sintético são muito quentes, ou seja, o ambiente perfeito para as bactérias que causam o mau cheiro do suor.
Como saber se o tecido é sintético
Repare e leia a etiqueta, se estiver escrito, por exemplo, poliéster é porque aquela roupa é de origem sintética. Mas o poliéster não é o único tecido sintético. Se você ver na etiqueta algum destes tecidos: poliamida, nylon, lycra, viscose, cetim, acetato, acrílico e elastano – pode ter certeza que é um tecido sintético.
Em seu relatório A New Textiles Economy, a Ellen Macarthur Foundation identifica a eliminação de microfibras liberadas por têxteis à base de plástico, como poliéster, acrílico e nylon, como objetivo principal para tornar a moda mais sustentável. Eles sugerem o desenvolvimento de novos materiais e tecnologias para reduzir o derramamento de microfibras e recapturar as microfibras perdidas. Até lá, é bom evitar os tecidos à base de plástico poliéster, acrílico e nylon.
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