construção sustentável
Rochaverá Corporate Towers, edifício na Berrini já possui certificação LEED. Foto: olapisverde

O Produto Interno Bruto (PIB) verde, que mede a movimentação econômica do setor da construção civil, teve média de 2% de avanço entre o período de 2010 a 2012, revelou estudo divulgado hoje, em coletiva de imprensa, pelo GBC Brasil (Conselho de Construção Sustentável, em inglês) baseado no PIB nacional do IBGE e nas 109 empresas brasileiras que já possuem certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

O estudo divulgou que no ano de 2010 o aumento da construção sustentável no país ficou na marca dos 3%. Já no ano passado o número subiu para 9%. Embora haja crescimento do índice, as projeções para o cálculo referente ao ano de 2013 deve ficar estável, adianta Felipe Faria, gerente de relações institucionais da GBC Brasil sobre o desempenho da construção sustentável.

“O investimento recuperado na venda aumenta a responsabilidade ambiental que traz retorno positivo para a imagem da empresa”, comenta Felipe Faria, gerente de relações institucionais da GBC Brasil.

 

 

 

 

 

A região sudeste do país e os estados do Ceará e Brasília saem na frente da certificação LEED por obterem maior número de construções verdes. Faria acredita que o fenômeno da busca pela construção de edifícios verdes acontece porque “o investimento recuperado na venda aumenta a responsabilidade ambiental que traz retorno positivo para a imagem da empresa”. Atualmente, o Brasil é o quarto país com o maior número de empreendimentos registrados no LEED para obter a certificação.

Para que uma construção seja sustentável é preciso prestar atenção ao lixo industrial produzido durante o processo. Por isso empresas já investem em aparelhos para a trituração de resíduos no próprio local, de forma a tornar sedimentos e restos de cimento, pedra e tijolos prontos para a utilização na mesma obra.

Energia Solar
Foto: jumanjisolar

Outra tecnologia bem vista pelo GBC é a implantação em larga escala dos painéis fotovoltaicos. De acordo com Faria, a ideia é que esta ciência seja implantada em edifícios comerciais e residenciais como já é realizado nos EUA há décadas.

No evento da GBC Brasil, Greenbuilding Brasil, que será realizado a partir do próximo dia 27 de agosto será possível conferir projetos de parede urbana, telhado verde e software especializado na eficiência energética como destaques da feira. O projeto de teto solar do arquiteto Sigbert Zanetinni também se inclui na lista de novidades por ser movido à luz solar, ou seja, dependendo de onde se localiza o Sol, o teto se movimenta para captar os raios solares e gerar energia elétrica.

Os setores de arquitetura e construção que representam o PIB da construção sustentável querem trazer inovações tecnológicas na maioria dos segmentos para contribuir com a mitigação do efeito das mudanças climáticas. A grande questão é como atingir a sustentabilidade dos empreendimentos sem danificar as fontes não renováveis.