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Em 2012 o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), lançou o Visão Brasil 2050, uma agenda de negócios para as empresas, inspirado pelo projeto Vision 2050, do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).

As duas agendas têm em comum o objetivo de apresentar a visão de um futuro sustentável e de como é possível alcançá-lo, identificando tarefas que precisam ser implementadas. A diferença entre elas, no entanto, é que o documento do Brasil utiliza o cenário atual como ponto de partida, facilitando a identificação das metas a serem adotadas no planejamento estratégico das empresas.

Elaborado durante reuniões 11 workshops, com cerca de 500 pessoas de mais de 70 empresas e dezenas de instituições acadêmicas, ONGs e representantes dos governos, o documento traz nove temas básicos para tornar o país mais verde.

Os pilares – Valores e Comportamento; Desenvolvimento Humano; Economia; Biodiversidade e Florestas; Agricultura e Pecuária; Energia e Eletricidade; Edificações e Ambiente Construído; Mobilidade, e Materiais e Resíduos – foram divididos em quatro partes: cenário atual, visão 2050, ações até 2020 e ações de 2020 até 2050.

A ideia é que esses temas sirvam como diretrizes para as empresas e, também, governo na busca pela implementação de ações sustentáveis. Além disso, o documento visa integrar a adoção de boas práticas no dia a dia desses públicos e tornar o diálogo entre esses segmentos possível, evitando que as decisões sejam tomadas de forma isolada e buscando uma dinâmica na qual todos sejam beneficiados.

Neste contexto, algumas propostas de ações até 2020 se destacaram, como isenções de impostos sobre produtos industrializados (IPI) com tecnologias mais eficientes, orientadas para o baixo carbono, ou que promovam a proteção ambiental.

Desafios

O texto traz, ainda, alguns desafios, dentre os quais estão a necessidade de incentivar atividades de baixo carbono, de instituir os pagamentos por serviços ambientais e de estimular iniciativas sustentáveis para as áreas de habitação, saneamento, mobilidade, resíduos sólidos e formação profissional.

Além disso, a necessidade de investimento nos Ensinos Básico, Fundamental, Médio e Técnico também foi apontada no documento, já que é considerada estratégica para garantir a inovação e assegurar o futuro das gerações.