Divulgação / Wattway by Colas Expectativa é que em dois anos a energia gerada pela estrada possa abastecer toda a cidade.

No final de dezembro de 2016, a França inaugurou uma estrada de aproximadamente 1km coberta por painéis solares. Este, que é o primeiro projeto do tipo que se tem conhecimento no mundo, passa por Tourouvre-au-Perche, uma cidade com cerca de 3.400 residentes, e deve receber uma média de dois mil carros por dia.

A Wattway foi aberta pelo ministro do Meio Ambiente da França e ex-candidato presidencial, Ségolène Royal. Em média, a estrada pode produzir cerca de 767 kWh por dia, que será usado para garantir a iluminação local. No verão a quantidade de energia gerada poderá ter picos de até 1.500 kWh. Por ano, a expectativa é produzir 280 MWh. A quantidade de energia imediata e total será acompanhada por meio de um painel instalado perto da estrada, que também é alimentado por energia renovável.

Para aumentar a eficácia e durabilidade da estrada, os painéis foram revestidos com um filme especial de silício, para protege-los de veículos mais pesados, como os caminhões.

Investimento foi de € 5 milhões

A Colas, empresa de engenharia civil responsável pela implementação do projeto, recebeu um subsídio de cinco milhões de euros. O valor investido foi considerado alto demais pelos críticos, comparado à quantidade de energia que será gerada. Entretanto, a expectativa é que a criação de mais projetos como esses adotados na França possa ajudar a reduzir o preço dos painéis e a popularizar ações que incentivem o uso de energias renováveis.

Especialistas apontam também que os painéis solares se tornam mais eficazes quando estão dispostos em um ângulo direcionado ao sol, ou seja, inclinados, do que quando dispostos em forma plana como uma estrada, o que torna o sucesso do projeto ainda discutível.

Outro ponto é que, de acordo com o jornal The Guardian, a região da França onde foi instalada a estrada solar, a Normandia, não é bem conhecida por seu clima ensolarado, recebendo cerca de 44 dias de sol forte por ano em média. Mesmo assim, a estrada ainda está em fase de testes e a expectativa é que, ao longo dos próximos dois anos, a estrada possa gerar energia suficiente para abastecer a cidade.