Horta urbana
Foto: mebbrasil

O crescimento populacional e o desenvolvimento econômico têm feito com que casa, imóveis comerciais e vias públicas ocupem todas as áreas verdes nas cidades e nos seus arredores. Como consequência disso, a falta de árvores e plantações prejudica a qualidade do ar, encarece produtos agrícolas devido ao transporte e impostos, e faz com que a demanda por frutas, legumes e verduras exceda a oferta. Entretanto, com criação de hortas urbanas, uma tendência em ascensão, a natureza é beneficiada e a população ganha novas fontes de alimentos.

Sendo assim, pioneira nesse tipo de iniciativa, a organização não governamental Associação Global de Desenvolvimento Sustentado (AGDS), de São Bernardo do Campo, há 21 anos, utiliza terrenos da Eletropaulo para plantar hortaliças, reaproveitando espaços usados anteriormente como lixões irregulares.

Na capital de São Paulo, um projeto conduzido pela Prefeitura tem como foco a difusão de conhecimentos na área de sustentabilidade ambiental. Funcionando na Praça Alfredo Di Cunto, altura do número 2.200 da Av. Alcântara Machado, zona Leste, o programa Escola Estufa Lucy Montoro oferece o curso de Frutos da Terra (aulas sobre práticas ambientais de agricultura, plantio e paisagismo) e concede certificação para a população no Viveiro Parque das Flores, localizado no mesmo local.

Ainda na metrópole paulistana, no cruzamento entre a Av. Paulista com a rua da Consolação, foi desenvolvida a “Praça dos Ciclistas” em outubro de 2012. Ponto de encontro dos adeptos das pedaladas, o local tem 15 m² e concentra pés de alface, ramos de salsinha e hortelã. Já na Vila Pompeia, zona Oeste, Adriano Sampaio, consultor comercial, e Leandro Sabiá, mecânico, utilizaram um terreno descampado para criar uma horta, na rua Francisco Bayardo, onde foram cultivadas 30 espécies.

Batizada como “Horta das Corujas”, no Alto de Pinheiros, a plantação ocupa aproximadamente 800 m², conta com mais de 20 colaboradores e tem o apoio das autoridades municipais, uma vez que o espaço utilizado é público. Atraindo as atenções até de grandes empreendimentos como o Shopping Eldorado, o cultivo de hortas urbanas não necessita de muitos investimentos, apoia o consumo de alimentos orgânicos e reduz o impacto de danos atmosféricos.

Horta urbana
Horta urbana do Shopping Eldorado. Foto: Michel Filho/Agência O Globo