Sun cream protection. Man sprays sun cream on his shoulder on beach. Skin and body care concept. Healthy skin on vacation.

O Hawaii tenta recuperar corais contaminados por substâncias presentes em protetores solares

O Hawaii é um país lindo, com muitas praias, muitos turistas e… Muito protetor solar. Só que tem um problema: alguns protetores solares possuem elementos químicos que podem contaminar os recifes de corais. O protetor acaba saindo durante os mergulhos e “polui” a água, que atinge os corais e retira seus nutrientes, o que reduz sua resistência e vida.

Corais no Hawaii: substâncias em protetor solar fazem mal

As químicas mais perigosas para este ecossistema são oxibenzona e octinoxato, muito comum em mais de 3 mil tipos de protetores solares, como Banana Boat, Hawaiian Tropic e Coppertone.

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A oxibenzona e o octinoxato atacam o sistema endócrino da vida marinha, causando disrupturas, o que motiva a feminilização de peixes masculinos, problemas no sistema reprodutor e embriões deformados, por exemplo. Algas e ouriços-do-mar também são afetados, assim como a quantidade de peixes na região, cujo ecossistema frágil se ressente.

Na Baía de Hanauma, o ecotoxicologista Craig Downs descobriu, em 2017, uma grande concentração de oxibenzona – 4,661 nanogramas por litro de água do mar. A maior métrica já alcançada nesse período é de cerca de 29,000 nanogramas por litro.

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Baía de Hanauma, no Hawaii

O banimento do Hawaii de protetores solares com estas substâncias é uma medida para ajudar os recifes de corais a se recuperarem e, ao menos, diminuir a incidência dos tóxicos na vida marinha – o que, a longo prazo, pode também ajudar a recuperação.