Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro, ficou acordado o estabelecimento de novas metas com o propósito de substituir os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo expira em 2015.
Conhecidas como Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), as metas devem incluir temas como acabar com a pobreza, promover o crescimento sustentável e empregos, educação para todos, proteção dos direitos humanos, entre outros. Além disso, os ODS têm como desafio envolver e inspirar governantes a cumpri-las, bem como engajar o setor privado.
O acordo prevê que os objetivos sejam parte da Agenda da ONU a partir de 2015 e que, por isso, as diferentes necessidades e questões existentes em diferentes países e culturas sejam previstas no documento.
As diretrizes foram estabelecidas no encerramento da Rio+20, sob o título “O Futuro que Queremos”. No entanto, para que as metas fossem melhor trabalhadas, em 2013 a Assembleia Geral da ONU estabeleceu a criação de um grupo de trabalho para gerir o ODS. Cerca de 30 pessoas participaram da elaboração dos objetivos.
O rascunho dos ODS foi apresentado pela ONU em maio de 2013, com dez sugestões de metas a serem alcançadas até 2030. São elas:
• Erradicar a pobreza extrema, inclusive a fome;
• Alcançar o desenvolvimento dentro dos limites planetários;
• Assegurar o aprendizado efetivo de todas as crianças e jovens para a vida e a subsistência;
• Alcançar a igualdade de gêneros, a inclusão social e os direitos humanos;
• Alcançar a saúde e o bem-estar para todas as idades;
• Melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural;
• Tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e resilientes;
• Refrear as mudanças climáticas e garantir energia limpa para todos;
• Proteger os serviços ecossistêmicos, a biodiversidade e a boa gestão dos recursos naturais;
• Ter uma governança voltada para o desenvolvimento sustentável.
Já este ano, foi estabelecido o processo para definir os indicadores para cada um dos temas. O processo ficou aberto para consulta pública até o último dia 28 de março e até o momento, nada foi divulgado.