Fonte: BBC Naoto Matsumura também foi afetado pela tragédia, mas resolveu voltar a sua antiga cidade para cuidar dos animais que ficaram por lá.

 

Quem não se lembra do terrível acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, em março de 2011? Foram mais de 15 mil vidas perdidas após um tsunami atingir a costa do país com grande violência. Desde então, naquela região, o governo japonês criou uma zona de exclusão com mais de 12 quilômetros onde há risco de exposição à radiação. Todas as cidades e vilas que ali existiam foram evacuadas, porém, muitos animais ainda permanecem no local.

Apesar do cenário nada positivo, um senhor de 55 anos vem chamando a atenção por cuidar destes animais que foram deixados para trás. Conhecido como “o guardião dos animais de Fukushima”, Naoto Matsumura também saiu de onde morava após o acidente, porém voltou para alimentar e cuidar de vários animais. Atualmente, é o único homem que vive dentro da zona de exclusão de mais de 12 quilômetros, mais precisamente em Tomioka. Ela cuida de gatos, porcos, cães, bois e até de alguns avestruzes.

A iniciativa se mantém através de doações vindas de pessoas em todas as partes do mundo.

Quatro anos após seu retorno à Tomioka, Matsumura contraria o governo japonês e permanece na região para cuidar de vários animais. Esta iniciativa corajosa também já conquistou adeptos ao redor do mundo. São várias doações que chegam semanalmente às mãos de Naoto Matsumura, e segundo o próprio, ele e seus animais permanecem saudáveis.

A saga de Matsumura também foi mostrada na reportagem da rede britânica BBC, que inclusive foi ao local para mostrar como é o dia a dia do “guardião dos animais de Fukushima”. Segundo a BBC, o homem come somente de alimentos importados que recebe de doações e bebe água potável também de fora. Outro ponto da entrevista que chamou a atenção foi sua posição sobre os riscos de saúde que corre: “Não vou ficar doente por 30 ou 40 anos, inclusive, após este tempo todo eu provavelmente já terei morrido devido à minha idade avançada. Então eu não me importo com este problema de radiação”.

Fonte: BBC
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