Foi em 2010, durante o processo de elaboração do Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020, na Conferência das Partes da CDB, que se fez necessário o estabelecimento de novas metas, na forma de objetivos de longo prazo, para combater a redução da perda da biodiversidade e para garantir a sustentabilidade do planeta, assegurando o futuro das próximas gerações.
Surgiram, então, as Metas de Aichi, um conjunto que contempla 20 metas acordadas entre a União Européia e os 193 países que integram a CDB. O grupo, que faz parte do plano, está dividido em cinco objetivos estratégicos:
• Tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade, fazendo com que as preocupações com a biodiversidade permeiem governo e sociedade;
• Reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável;
• Melhorar a situação da biodiversidade, protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética;
• Aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos;
• Aumentar a implantação, por meio de planejamento participativo, da gestão de conhecimento e capacitação.
O papel do Brasil
Decisivo na aprovação das metas, para o Brasil fica a responsabilidade de exercer, com responsabilidade, um papel de liderança na implantação das propostas até 2020. Além disso, apesar do tamanho da biodiversidade nacional, o tema ainda não é muito explorado no Brasil.
Dessa forma, o Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020 e a internalização das Metas de Aichi são fundamentais para a inclusão definitiva da biodiversidade no contexto nacional e nas estratégias de desenvolvimento do país.
Neste contexto, o governo brasileiro, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, tem como objetivo avançar na concretização do plano a nível nacional, por meio da colaboração de vários setores da sociedade civil. O órgão acredita que a participação da sociedade brasileira, além de dar legitimidade ao processo, será fundamental para o sucesso.