Reprodução / Exposucata Evento englobou diferentes feiras de sustentabilidade e um seminário.

Aos poucos o mundo empresarial vai aumentando a necessidade de rever certos processos e torná-los mais sustentáveis. E durante a 10ª edição da Exposucata, máquinas e equipamentos foram apresentados para facilitar esta mudança de atitude. Entre os dias 18 e 20 de agosto, diferentes empresas ocuparam o São Paulo Expo para mostrar o que já existe e o que há de novo neste mercado que fomenta ações ecologicamente corretas.

O Pensamento Verde esteve na feira e mostra para você alguns esforços que as empresas vêm fazendo para tornar suas rotinas o ambiente à sua volta mais limpo:

Reprodução / Recmax Compact 220 VZT

A Recmax apresentou a Compact 220 VZT, uma máquina de separação e moagem de fios e cabos elétricos a seco. A separação do cobre, do plástico, do alumínio e do plástico é feita por ar, com 99,9% de pureza. O cobre vira matéria-prima para outros produtos e o plástico pode virar asfalto. As vantagens da máquina é que ela não usa água para fazer a separação e reaproveita as duas partes do fio. Empresas clandestinas costumam queimar a parte plástica dos fios para extrair o cobre, prática que gera uma fumaça tóxica e polui ainda mais o ar das cidades.

Reprodução / Glutton Glutton

A Certoma apresentou um aspirador urbano movido a energia, chamado Glutton, de tecnologia belga. Após recarregar a bateria de seis a 10 horas, o equipamento funciona por até 18 horas. O aspirador consegue sugar desde uma bituca de cigarro ou pedacinho de papel até uma garrafa pet de 2 litros. A máquina possui rodas e é silencioso, o que dispensa a força e uso de protetor auricular por parte o funcionário. Além disso, um filtro evita que a sujeira coletada polia o ar. O equipamento já está presente em 45 países.

Divulgação Rompe-sacos

A Amut-Wortex levou para a feira uma máquina que faz a triagem primária do lixo recolhido na coleta seletiva. Chamada de Rompe-Saco, o sistema abre os sacos de lixo e faz a separação entre resíduos orgânicos e recicláveis. A seleção mais fina e aprofundada é feita manualmente pelos funcionários. Além de agilizar o processo, a máquina reduz o risco de os profissionais se machucarem aos romper os sacos de lixo, já que estes podem conter cacos de vidro, por exemplo. Localizada em Campinas, a empresa tem uma parceria com a Prefeitura de São José dos Campos, que faz uso do maquinário para reciclar parte do lixo recolhido.

Reprodução / IS Interamericana Varisort

A IS Interamericana levou dois produtos para a Exposucata. Um deles foi a máquina Varisort, que faz a separação de resíduos sólidos, de acordo com a classificação estabelecida pelo funcionário. É possível depositar plásticos e lixo metálico em esteiras diferentes, por exemplo, basta fazer a programação certinha. O outro foi o DyPower, um condicionador de energia elétrica. Ele é ligado no quadro de força da empresa e limpa as sujeiras da energia ativa, tornando-a mais limpa e mais potente. A solução evita que os cabos esquentem, causando a perda de energia, e reduzindo a queima de lâmpadas e equipamentos. A economia é de 10% em média e os resultados são notados de 30 a 45 dias após a instalação. Empresas e condomínios residenciais podem ter acesso ao equipamento.

A Sygecom Informática levou para a feira um software que ajuda as empresas a fazerem a gestão de suas atividades sustentáveis. A ferramenta se adéqua às necessidades dos empresários, que podem acompanhar processos como entrada e saída de material, setor financeiro e localização dos contêiners. Mais de 300 empresas já utilizam o serviço no Brasil todo. E, segundo Priscilla Machado, diretora de marketing da Sygecom, a meta a médio prazo é atender empresas de setor de aterro sanitário e expandir oserviço para a América Latina.

Marcando presença

Flickr / Les Chatfield Reaproveitamento de ferro é realidade em algumas empresas.

O SINDINESFA – Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço do Estado de São Paulo, a Cofarja, a ANAP – Associação Nacional dos Aparadores de Papel, entre outras empresas, também estiveram lá na Exposucata reforçando seus trabalhos de sustentabilidade.

A ANAP vem trabalhando para reduzir o descarte incorreto de papel. O aparadores geralmente recolhem o papel apenas de grandes empresas, como mercados e gráficas, porque trabalham com grandes quantidades. Mas isso não impede que pessoas físicas e pequenas empresas façam sua parte. De acordo com orientações da associação, nestes casos, a dica é procurar pequenos catadores e cooperativas, pois estes possuem ligação direta com aparadores. Dessa forma, reciclamos papel e evitamos o corte de árvores.

A Cofarja trabalha com sucata de ferro há mais de 50 anos. Caminhões recolhem os materiais das empresas, prensam e revendem, garantindo o seu reuso. O SINDINESFA apoia iniciativas como a Cofarja e representa legalmente as empresas que executam este tipo de atividade. Mas ainda há muito a ser feito. De acordo com notícia publicada em agosto 2014 no Diário do Comércio, só 1,5% da frota de automóveis do Brasil é efetivamente reciclada. Lembrando que este é apenas um dos setores que faz uso da matéria-prima no país.