Em algumas pesquisas para buscar por temas de novos negócios e gestão empresarial acabei me debruçando em excelentes leituras do empresário Richard Branson, Fundador do Grupo Virgin. Dentre um dos capítulos havia um caso que me chamou atenção e acredito ser de pouco conhecimento no setor: a eficiência do transporte marítimo. Atualmente, mais de 90% dos bens comercializados são transportados por via marítima e o mesmo é responsável por 3% das emissões de gás carbônico na atmosfera.
Não é necessário ser especialista em Comercio Exterior para entender sobre o assunto, por isso o convido a ler sobre o tema para compreender o seu impacto no comércio local e global. Acabamos de ver longas discussões na ultima reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque para tratar das mudanças climáticas e uma coisa é certa, não há como dizer que você está imune a este fato.
Richard Branson junto com outras pessoas fundou o Carbon War Room, de onde surgiu a ação Shippingefficiency.org, uma plataforma online e gratuita onde lista a eficiência energética dos navios transoceânicos em um esforço para reduzir as emissões de CO2 do setor de transporte marítimo. A classificação é feita para diversas categorias de navios indo de porta contêineres até navios de cruzeiro.
Se comparar o tamanho das emissões de gás carbônico relacionadas ao transporte marítimo e as emissões absolutas de países, este setor emite mais do que Alemanha, Canada e Reino Unido.
Mas qual é o motivo que precisamos saber isso? Bem, o motivo é simples. Assim como temos eletrodomésticos com as etiquetas de eficiência energética que define o seu consumo de energia de acordo com a sua utilização, um navio também segue o mesmo padrão. A eficiência dele esta relacionada ao gasto de combustível para chegar ao seu destino. E combustível torna-se despesa para os donos dos navios e são repassados posteriormente a quem utiliza deste transporte (turistas e importadores).
De forma resumida, a eficiência energética é relaciona a energia (elétrica, combustível e etc.) que é consumida por determina máquina para sua utilização. Sabem aquelas famosas etiquetas em nossos eletrodomésticos? Agora estão começando a fazer parte dos navios. Grandes companhias começaram a investir na eficiência de seus navios e isto não precisa ser encarado como uma ação altruísta, mas de eficiência em recursos, diminuição de gastos com combustível e lógico uma visão em longo prazo a permanência da empresa no mercado.
Não vamos nos aprofundar no cálculo para se chegar ao denominador de eficiência energética do navio, mas ele envolve padrões consistentes que qualificam a ação da Shippingefficiency.org como o maior banco de dados de eficiência energética do setor. A classificação utiliza metodologias desenvolvidas pela Organização Marítima Internacional das Nações Unidas (IMO) para a Energy Efficiency Design Index (EEDI) e dados do maior registro de navios do mundo, o IHS Fairplay.
Para finalizar há um vídeo bem legal e explicativo feito pelo Carbon War Room. Há muito para se explorar nesta área e as contribuições estão sendo das mais diversas formas. Se você tem uma boa ideia de se fazer negócios e contribuir para o meio ambiente, compartilhe!