Quando a arte encontra espaço dentro de um projeto com foco no desenvolvimento de tecnologias limpas, esse casamento pode se transformar em uma iniciativa com grande impacto positivo para a sustentabilidade.
Inaugurada nos primeiros dias deste mês de julho, a nova estação de energia solar chinesa, criada pela empresa China Merchants New Energy, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), tem chamado atenção de muita gente e já pode ser considerada um verdadeiro sucesso pela boa repercussão que trouxe a diversas frentes ambientais.
Isso tudo porque a usina solar da cidade de Datong, que fica localizado na província de Shanxi, no norte da China, que ocupa uma área de 248 acres, foi construída com alguns detalhes incrivelmente criativos que, juntos, fizeram do projeto uma grande sacada: trata-se de uma estação de energia solar que conta com painéis fotovoltaicos projetados de modo a formar a figura de um panda, um dos animais mais característicos do continente asiático.
A ONU afirma que a nova usina tem capacidade total para gerar 100 MW (megawatt). Até o momento, 50 já foram integrados à matriz de energia da China. Segundo os chineses, o projeto tem a estimativa de gerar 3,2 bilhões de kWh (quilowatt-hora) de energia em 25 anos, quando as instalações estiverem funcionando com 100% de sua capacidade. Em outras palavras, esse volume representa uma redução de 2,74 milhões de toneladas na emissão de CO2.
A respeito da grande intervenção cultural presente na estação, os responsáveis confirmaram que o objetivo da ação não era somente fazer uma menção ao carismático animal. Dentro do complexo, a ideia é de que um centro de atividades para crianças com idade escolar seja criado para introduzir os benefícios da energia solar nos jovens.
Além do desígnio social do espaço, a menção ao panda é também uma forma de lembrar do animal, que é mais um a sofrer com a ameaça de extinção.