Câmara de ar de pneu
Foto: mercadolivre

“Depois de desenhar a coleção, a ideia era usar algum produto que não fizesse mal ao meio ambiente e nem aos animais. No meio da pesquisa encontrei a câmara de ar que me surpreendeu. Esse é um tipo de produto comercializado no exterior e eu pensei, porque não tentar aqui?!”, diz a designer Sandra Martins. Foi a partir daí que câmaras de pneus velhos tiveram um destino diferente, parando nas mãos de Sandra Martins e Adriana Santos, duas empresárias de Campinas, criadoras da marca Santi Martin.

A dupla resolveu abrir a empresa de bolsas e cintos feitos com material reciclado em 2012, depois de perceber que a borracha da câmara de ar e pneus demoram mais de 600 anos para se decompor, segundo dados do Instituto Akatu. Para não contribuir com este ciclo de degradação da natureza, elas decidiram reutilizar estes resíduos como matéria-prima ecológica para seus produtos.

Depois de desenhar a coleção, a ideia era usar algum produto que não fizesse mal ao meio ambiente e nem aos animais. No meio da pesquisa encontrei a câmara de ar que me surpreendeu. Esse é um tipo de produto comercializado no exterior e eu pensei, porque não tentar aqui?!”, designer Sandra Martins.

Primeiramente as sócias, Adriana e Sandra, buscaram em aterros os pneus velhos em bom estado para serem transformados. A Prefeitura de Campinas, uma borracharia de Hortolândia e empresas que comercializam o material também foram os locais de procura da matéria-prima. Na produção das bolsas também são utilizados algodão, tecido sintético e produtos biodegradáveis, aqueles que se decompõem mais rápido no meio ambiente.

Mesmo fazendo uso de uma matéria-prima reutilizável, o acabamento que é dado às bolsas e cintos os torna mais sofisticados, já que a designer, Sandra Martins, usa rebites – fixadores metálicos – para incrementá-los. A confecção dos produtos não é um processo simples, por isso o cuidado na confecção aumentou. Por ser um procedimento totalmente manual foi preciso entender sobre a limpeza do material e como realizar corretamente o corte e a costura nas câmaras de ar.

Bolsa Santin Martin
Foto: santimartin

O preço das bolsas pode chegar a custar de R$ 120 a R$ 275. A empresa espera ampliar seus negócios, mas como se trata de um serviço manual e delicado de corte e costura, as sócias ainda planejam como administrar os custos deste crescimento. Entre no site da Santi Martin para mais informações e confira a coleção.