Com os riscos climáticos e ambientais assolando todo o mundo, esse tema vem sendo uma preocupação global nos últimos anos. Desta forma, achar soluções e alternativas para diminuir esses danos se tornou fundamental para o desenvolvimento do planeta.
Foi então que as energias renováveis começaram a ganhar ainda mais destaque e se apresentaram como uma importante solução para o suprimento elétrico no futuro. Entre elas está a energia eólica, uma das fontes mais limpas e com baixo impacto ambiental do planeta. E, de acordo com o relatório Global Wind Energy Outlook, desenvolvido pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), publicado este mês, a energia eólica poderá chegar a 2.110 GW, abastecendo 20% do consumo de eletricidade global até 2030.
Esse relatório traça um cenário no qual essa fonte renovável poderá fornecer um quinto de toda a geração de eletricidade em cerca de 15 anos e ainda prevê que sejam criados 2,4 milhões de novos postos de trabalho, diminuindo, assim, 3,3 bilhões de toneladas por ano das emissões de CO2, obtendo 200 bilhões de euros de investimento por ano.
Um dos principais motivos para esse crescimento é o acordo selado e aprovado em Paris em dezembro do ano passado. Para o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer, para que todas as metas sejam cumpridas, será necessário o fornecimento de eletricidade e a energia eólica é um dos principais motivos para que isso aconteça.
Em entrevista ao site da CRN-Bio, ele afirmou: “A energia eólica é a opção mais competitiva para adicionar nova capacidade para a rede em um número crescente de mercados. Se quisermos alcançar os objetivos do Acordo de Paris, precisaremos fechar usinas movidas a combustível fóssil e substituí-las por eólica, solar, hidráulica, geotérmica e biomassa. Essa será a parte mais difícil e os governos precisam ser sérios em relação a isso se quiserem cumprir as promessas que eles mesmos fizeram.”
Caso todos os países assumam o tratado assinado, será possível acabar com as plantas de energia de combustíveis fósseis, para que elas sejam substituídas por eólica, solar, hídrica, geotérmica e biomassa. Para Steve, com certeza essa será a parte mais complicada e os governos deverão agir com muita responsabilidade e seriedade para cumprir tudo o que foi prometido.
Os resultados obtidos nesse relatório demonstram como a energia eólica deve se comportar em termos de fornecimento de energia mundial, redução de emissão CO2, geração de empregos, redução de custos e atração de investimentos, fazendo com que estes quatro cenários sejam comparados com duas diferentes possibilidades de demanda mundial por eletricidade.
Contribuição do Brasil
O GWEC destacou também algumas informações sobre o desempenho brasileiro no setor de energia eólica. Para eles o Brasil continuará a ser o principal mercado onshore da América Latina até 2020, com um crescimento significativo nos próximos 2 anos.
O país que vem desenvolvendo um grande papel quando se trata de energia eólica, já é o 4º do mundo em crescimento de energia eólica e o 8º maior produtor desse tipo de energia renovável. Até o final desse ano vai ter a capacidade de produzir 10 gigawatts (GW).
Parta obter informações sobre o estudo completo, acesse o link.