Os cemitérios são grandes geradores de resíduos, visto que os corpos enterrados são exumados depois de três anos. A exumação consiste em colocar os restos mortais em uma caixa, geralmente de fibra, após a decomposição natural dos tecidos. Pode ocorrer também para atender a fins administrativos, a uma determinação judicial ou para liberação do jazigo.
Os dados estatísticos quanto à quantidade de corpos exumados anualmente são deficientes, pois existe uma variação em relação aos números de mortes, levando em consideração que nem todos os corpos são enterrados em cemitérios. Se considerarmos os índices de mortalidade, na capital de São Paulo, por exemplo, morrem em média 6.820 pessoas por mês. Numa possível projeção, o número aproximado de exumações pode chegar a 6 mil por mês.
Cada exumação gera aproximadamente 35 kg de resíduos, entre eles caixões de madeira; podas e galhos; resíduos de construção civil como lápides e tampões de concreto; entre outros. Já quando os restos mortais vão para o crematório é retirada a tampa do caixão, pois não é necessário queimar. A destinação dada a esses resíduos, em sua grande maioria, é inadequada e realizada em terrenos do próprio cemitério ou enviados para aterros sanitários.
Em 2014, entrará em vigor a Lei nº 12.305, a fim de normalizar e regulamentar o destino final dos resíduos sólidos provenientes de domicílios, indústrias, hospitais, etc. Pelas disposições que se conhecem, os lixões deixarão de existir e nos aterros sanitários só será permitido o descarte de resíduos que não tiverem nenhuma forma de reaproveitamento ou reciclagem.
Os resíduos de cemitérios apresentam características que tornam seu reaproveitamento ambiental e economicamente viável por se tratar de um resíduo classe II (não perigoso).
A melhoria no gerenciamento de resíduos de cemitérios tem como objetivo possibilitar, a partir da implementação de instrumentos básicos, o controle mais eficiente da destinação correta dos caixões, assim como demais resíduos, levando em consideração a diminuição de custos nos processos de acondicionamento, transporte, armazenamento e disposição final, além do atendimento às legislações.
Estima-se que os gastos com acondicionamento em caçambas, transporte e destinação em aterros sanitários dos resíduos de cemitérios chegam à R$ 4.500 reais por mês. Sendo que, se for adotado processos físicos como o pré-tratamento para que os resíduos sejam posteriormente reutilizados ou até mesmo enviados para disposição final, os custos podem cair para R$ 960 reais por mês.
Este método constituído por processos mecânicos formados por um sistema de trituração, montados para reduzir a granulometria (tamanho da partícula) do resíduo e manter as características dos produtos finais dentro dos limites desejados, propiciam um melhor aproveitamento dos resíduos e a consequente redução de custos.
A Fragmaq, por exemplo, apresenta um equipamento excelente para a melhoria no gerenciamento de resíduos do cemitério formado por um sistema completo de trituração, que possui qualidade e rapidez para solucionar os problemas com acúmulo de resíduos, melhor aproveitamento e o correto descarte deles.
Uma solução bem racional e moderna que vem sendo adotada para esse tipo de resíduo é a produção de energia elétrica através da queima dos resíduos em usinas que produzem vapor, alimentando os próprios equipamentos que vão produzir a energia elétrica.
As usinas de geração de energia podem ser instaladas no próprio cemitério com a utilização de equipamentos como um triturador e gerador, dotados de filtros para controle das emissões atmosféricas nos níveis permitidos.
Os resíduos de cemitérios, quando triturados, podem ser utilizados também como subprodutos para novas covas, seja por processos que exijam a separação das matérias e utilização dos orgânicos como adubos através da compostagem; ou pelo uso dos demais resíduos inertes agregados as misturas de concreto para utilização em construção civil.
Muitos resíduos sólidos são compostos de materiais recicláveis e seu aproveitamento é de grande importância, gerando lucro para empresa, com a adoção de técnicas que contribuam para a otimização dos recursos naturais, diminuindo assim os impactos ambientais com o reaproveitamento, tendo em vista reduzir as quantidades depositadas em aterro ou lixões.