O Brasil é o país emergente com maior volume de produção de lixo eletrônico per capita por ano, conforme pesquisa do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Por ano são descartadas quase 100 toneladas métricas de computadores pessoais, aproximadamente 76 mil toneladas de geladeiras per capita e cerca de 2,2 toneladas de celulares.
Todos esses produtos podem ser manufaturados pelos fabricantes e assim reduzir a extração de matéria-prima na produção de novas unidades. A aprovação da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010, obriga a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e cidadãos no descarte do lixo eletrônico. Mas as empresas ainda estão se adequando à lei.
A ideia é reaproveitar o produto ao máximo possível antes de descartá-lo. Isso reflete diretamente na diminuição da quantidade de lixo nos aterros sanitários e lixões, e ainda evita a contaminação do solo.
A medida é boa para todas as partes, para o meio ambiente, que não sofrerá impacto com a presença desses componentes químicos; para as empresas, que terão um custo menor na produção; e para o consumidor, que poderá se beneficiar com a queda nos preços dos produtos.
No processo de manufatura reversa os consumidores exercem um papel fundamental, pois devem levar seus aparelhos até os locais indicados pelos fabricantes, para que todo o ciclo sustentável aconteça.
Pilhas, baterias e eletrônicos em geral são extremamente tóxicos e não podem parar no lixo comum, pois são compostos por elementos químicos como, por exemplo, o chumbo, cobre, níquel, mercúrio e/ou cádmio, que ao serem lançados nos aterros sanitários, contaminam o solo e possivelmente o lençol freático, trazendo riscos à saúde da população e a todo o bioma.