Parque Ecológico da Pampulha
Parque Ecológico da Pampulha, Belo Horizonte. Foto: facebook

A sustentabilidade pode fortalecer o planeta Terra, incluindo fauna, flora e atmosfera, porém, essa informação não é novidade nos tempos atuais. Entretanto, o conceito e as práticas da conduta ecologicamente correta podem dar mais vigor e saúde à sociedade. Como? Academias montadas a partir de equipamentos naturais, reciclados e reutilizáveis estão ganhando espaço e frequentadores em algumas regiões do Brasil e dos Estados Unidos.

Em Minas Gerais, uma parceria entre a prefeitura de Belo Horizonte com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) deu início ao Projeto Academia da Cidade, utilizando aparelhos e estruturas sustentáveis. As atividades disponibilizadas pelas instalações, basicamente, são as mesmas que aquelas encontradas nos ginásios comuns, como estepe, abdominal e musculação, porém, os materiais utilizados na realização dos exercícios são bem diferentes.

Na unidade piloto da academia ecológica, no bairro de Mariano de Abreu, cabos de vassouras, recipientes plásticos, areia, elásticos, espumas, colchonetes e bolas de tênis são peças essenciais para a montagem dos equipamentos de ginástica. Por exemplo, as barras, artigos utilizados durante treinos de musculação, são compostas por duas garrafas PET cheias de areia, firmadas em cada extremidade do cabo de vassoura.

Materiais reciclados
Materiais reciclados utilizados pela aluna Alexandra Niemeyer. Foto: Divulgação

Além disso, garrafas plásticas de 500 ml preenchidas por água e areia foram transformadas em halteres, itens com pesagens menores, e meiões desportivos ou meias de seda grossas, com pacotes de grãos amarrados em seu interior, viraram caneleiras para exercícios de tonificação das pernas. É importante ressaltar que a prática de exercícios físicos deve ser acompanhada por instrutores, assim como a escolha dos pesos mais adequados para cada indivíduo.

Em São Lourenço, sul de Minas Gerais, um projeto elaborado pela prefeitura da cidade promove, sob orientação de educadores físicos, aulas ao livre, na praça central, nas quais são utilizados esses tipos de materiais recicláveis. A aluna Alexandra Niemeyer conta que “realizar exercícios físicos com materiais reciclados é uma boa opção para economizar e contribuir com a reutilização dos produtos”.

Em Brasília, uma academia inovou ao implantar estruturas e aparelhos feitos de bambu em suas dependências. O uso do vegetal permite a criação de itens de baixo impacto ambiental e amplia as possibilidades de movimentos, alongamentos e acrobacias dos equipamentos, o que melhora o condicionamento físico das pessoas e aumenta a utilidade dos artigos.

Em San Diego, na Califórinia (Estados Unidos), também existem academias nos moldes sustentáveis. O Greenasium (“academia verde”, traduzindo do idioma inglês), é um projeto que alinhou tecnologia e ecologia e instalou as visCycle, de criação da empresa Resource Fitness, bicicletas ergométricas que produzem energia mecânica através das pedaladas e são capazes de gerar eletricidade suficiente para manter luzes, computadores e ventiladores ligados, ou seja, beneficiam a saúde humana e ambiental.

Portanto, não faltam opções para a realização de exercícios de maneira sustentável, porém, caso não haja nenhuma academia ecológica na vizinhança, uma dica é ter o hábito de executar caminhadas, corridas e pular cordas, uma vez que essas atividades não causam qualquer tipo de danos ambientais e conservam a boa forma.

The Greenasium
The Greenasium. Foto: facebook