Todo material pode virar arte!
Vik Muniz nasceu em 1961 em São Paulo e atualmente mora nos Estados Unidos. É um artista plástico com reconhecimento mundial por utilizar em suas obras materiais descartados. Além da pintura, ele trabalha também com esculturas e fotografias. Sustentabilidade é a sua marca registrada.
É possível encontrar obras de Vik Muniz em grandes cidades como Paris, Los Angeles, São Francisco, Madri, Tóquio, Moscou e Londres (na capital da Inglaterra há peças suas tanto no Victoria & Albert Museum quanto no Tate Modern). No Brasil, há trabalhos expostos no MAM de São Paulo e em Minas Gerais, no Museu do Inhotim.
Em 2009 foi feito o documentário “Lixo Extraordinário” – candidato ao Oscar 2010, na categoria de Melhor Documentário, além de um prêmio no Festival de Berlim e em Sundance (EUA). No filme, é retratada a relação do artista com os catadores de resíduos do município de Duque de Caxias, na área metropolitana do Rio de Janeiro.
A imagem abaixo é de grande importância para a carreira de Vik. Todo seu projeto foi registrado e foi ela quem deu origem ao consagrado documentário que mencionamos acima. O local escolhido foi o lixão de Gramacho, baixada do Rio de Janeiro. O aterro sanitário escolhido por Vik Muniz como cenário de uma das suas mais importantes criações foi o maior lixão a céu aberto da América Latina. No local, ele contou com a ajuda dos catadores de lixo que já trabalhavam em Gramacho. Primeiro fotografou-os, depois, com material recolhido no próprio lixão, montou as fotografias em dimensões gigantes num depósito próximo.
A arte sustentável, como tem sido chamada, vem se transformando em um modo de conscientização e educação ambiental. O desperdício e descarte de bens duráveis – herança da sociedade consumista, trouxe à tona a quantidade de resíduos em aterros sanitários. A situação causou entre vários artistas a reflexão sobre se o que descartamos não poderia ser reutilizado. A arte, como forma de expressão, veio para ajudar nessa questão.
Vik Muniz também utiliza outros materiais para compor suas obras, como a releitura da obra clássica de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, feita de geleia de uva e pasta de amendoim.
Não podemos deixar de destacar a importância da arte sustentável não somente para o meio ambiente, mas para conscientizar a população a consumir de forma consciente para diminuir a quantidade de resíduos que descartamos.
Fontes: Cultura Genial | Green Me | Portal de Periódicos