Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher vamos apresentar seis mulheres que tornaram os seus nomes conhecidos por lutar pela causa ambiental

1. Wangari Maathai

Wangari Maathai foi uma professora e ativista ambiental. Nascida no Quênia, foi a primeira mulher africana a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 2004. Ela foi fundadora do movimento Green Belt, que foca na conservação ambiental e nos direitos das mulheres, em seu país. Mestre em biologia e doutora em anatomia, ela foi a primeira mulher na África Oriental e Central a receber o grau de doutora na Universidade de Nairóbi, onde também se tornou professora de anatomia veterinária. Ela morreu em 25 de setembro de 2011, aos 71 anos.

2. Vandana Shiva

Vandana Shiva é uma ambientalista indiana que passou grande parte de sua vida em defesa da biodiversidade. Em 1991, ela fundou a Navdanya, um instituto de pesquisa que tem como objetivo proteger a diversidade e a integridade das sementes nativas, além de promover práticas de comércio justo. Seu instituto de pesquisa é dedicado a abordar as questões ambientais e sociais mais significativas da era atual.

3. Rachel Carson

Rachel Carson foi uma bióloga marinha, escritora e cientista que escreveu o clássico Silent Spring, em 1962, um livro que estimulou a revolução ambiental e que fala sobre a desinformação disseminada pela indústria química e o uso de pesticidas, especialmente o DDT. O legado de Carson levou à criação da Agência de Proteção Ambiental nos Estados Unidos sob o governo Nixon e iniciou a conversa sobre o impacto humano no meio ambiente.

4. Greta Thunberg

A adolescente sueca de apenas 16 anos está liderando uma nova geração de ativistas ambientais. A jovem fundou o “skolstrejk” pelo o clima (greve escolar pelo clima) em agosto de 2018, depois de aprender sobre os perigos decorrentes das mudanças climáticas.

Greta começou a protestar fora do parlamento sueco toda sexta-feira para exigir ações em prol do planeta. Aos poucos os seus colegas se juntaram a ela, primeiro localmente e depois ao redor do mundo. Embora Greta enfrente bullying on-line, ela também está ganhando elogios em todo o mundo, inclusive sendo indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Agora, ela espera que os adultos sigam o exemplo: “Estamos pedindo aos adultos que sigam o exemplo: não podemos esperar mais”, escreveu ela em um editorial.

5. Ana Maria Primavesi

Nascida na Áustria, Ana Primavesi veio com o marido para o Brasil em 1948 e começou a dar aulas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em pouco tempo Ana se tornou a pioneira da agroecologia no Brasil e os seus ensinamentos são seguidos até hoje nas faculdades de agronomia. Primavesi também foi uma das pioneiras na preservação do solo e recuperação de áreas degradadas, abordando o manejo do solo de maneira integrada com o meio ambiente. Ela faleceu em janeiro deste ano, aos 99 anos, e deixou um legado de quase 80 anos dedicados ao estudo da terra.

6. Giselda Castro e Magda Renner

As gaúchas Giselda e Magda ajudaram a pautar a Constituinte de 1988 e a mudar a forma como se discutia meio ambiente no Brasil. Ambas adotaram a bandeira do feminismo e se tornaram as vozes mais ativas do movimento ambientalista, ao lado de Augusto Carneiro e José Lutzenberger (1926-2002), fundadores da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), criada em 1971. A história das ambientalistas pode ser vista no documentário Substantivo Feminino, que tem a direção de Daniela Sallet e Juan Zapata. Confira aqui o trailer do documentário: