Conheça quatro alimentos consumidos pelo mundo, mas que não são tão apetitosos assim

Fernanda Correia

Imagine chegar a um restaurante e pedir uma sopa feita com ninho de passarinho? Ou uma farofa de formiga? Apesar de parecer absurdo para nós, para algumas culturas isso é muito comum. Vamos conhecer alguns desses pratos (nem tanto) apetitosos:

Escamoles e Formiga

(fonte: https://todoincluidolarevista.com/escamoles-el-caviar-mexicano )

Que tal um prato, onde o ingrediente principal são larvas de formigas retiradas das raízes de um pé de agave – uma planta conhecida como um substituto do açúcar? Isso é perfeitamente comum no México, considerado até uma iguaria, conhecida como ‘caviar de insetos’. Quem já provou jura que o sabor é de manteiga, com um toque de castanhas. Mas o hábito de comer este inseto não é exclusivo dos mexicanos. Aqui no Brasil a formiga içá é vista como uma iguaria por muitos brasileiros, principalmente do interior paulista. Até o escritor Monteiro Lobato disse certa vez que “içá é o caviar da gente taubateana”.

Sopa de ninho de passarinho

(fonte: https://allthatsinteresting.com/birds-nest-soup)

Quando esfria a gente logo pensa em tomar uma sopinha gostosa, não é mesmo? Mas imagine experimentar uma sopa feita com ninho de passarinho? Por incrível que pareça, os ninhos comestíveis estão entre os alimentos mais caros do mundo, podendo ser encontrados por até 10 mil dólares o quilo, dependendo da classificação. O preço alto é justificado pela dificuldade em obter o ingrediente: para encontra-lo, é preciso escalar enormes paredões rochosos, correndo até risco de morte. Diferente dos ninhos comuns que vemos na cidade, este ninho é feito por aves do gênero Aerodramus, conhecidas como andorinhões (espécie diferente das conhecidas andorinhas). Elas formam os seus ninhos com suas penas e a sua própria saliva e, após serem encontrados, eles são limpos e vendidos para o consumo humano. Os chineses usam o ninho para preparar uma sopa, de consistência gelatinosa, que fica com sabor suave e um pouco adocicado.

Surströmming

(fonte: https://www.routesnorth.com/things-to-do-in-sweden/surstromming-trying-swedens-stinkiest-food/)

Este prato de nome estranho é uma iguaria muito comum na Suécia. O prato é elaborado desde o século 16, seguindo a mesma forma de preparo: utilizando arenque do Báltico fermentado em salmoura e, geralmente, vendido em latas – que às vezes estufam por conta da fermentação. Recentemente, um estudo no Japão elegeu este prato como o mais fedido do mundo. Evidente que o seu consumo é quase sempre feito ao ar livre.

Casu marzu

(fonte: https://www.google.com/search?q=Casu+Marzu&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiJvq6qlJnkAhVbIrkGHQMuAGwQ_AUIESgB&biw=1685&bih=810)

Sabemos que a Italia produz um dos melhores queijos do mundo, mas o Casu marzu, produzido na Sardenha, tem uma peculiaridade que pode não agradar a todos os paladares: o queijo, cuja tradução significa ‘queijo podre’ é feito com leite de ovelha e tem a sua gordura digerida por larvas. A explicação é que este processo torna a textura do queijo mais macia e cremosa. Mas, para vivenciar esta experiência o queijo deve ser consumido com as larvas ainda vivas porque, depois que elas morrem, o queijo fica com um amargor intragável. Vale ressaltar que a produção desse queijo é uma atividade totalmente proibida pelo órgão italiano de fiscalização sanitária, portanto, a sua comercialização é feita apenas no ‘mercado negro’.

E você, encararia alguns desses pratos?