Nativo da Mata Atlântica da América Central, resistente ao frio, com tronco espesso e folhas grandes, o xaxim ou samambaiaçu se diferencia de outras espécies de samambaias. Apesar de ter um crescimento lento, até 100 anos para crescer 1 metro, esse tipo de planta pode atingir 10 metros de altura.
Devido a sua beleza, praticidade e diferenciais a exploração do seu caule para fabricação de vasos se tornou bastante comum, bem como sua utilização em projetos de jardins e construções. O modismo do uso do xaxim, como suporte para orquídeas e bromélias, também surgiu por ser muito mais barato do que um vaso de barro.
Essas atividades levaram o xaxim a entrar na lista das espécies ameaçadas de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Isso porque, além da exploração desenfreada, ao retirar a planta de seu habitat natural e plantar em lugares inadequados, ela morre rapidamente, diminuindo a população da espécie e aumentando o risco de seu desaparecimento.
Em 2001 o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) proibiu a extração e exploração do xaxim. Isso levou as empresas especializadas em jardinagem a buscarem alternativas para as plantas e arranjos. Entre as soluções encontradas estão o nó de pinheiro, casca de pinus, palha de coco e a fibra do coco verde reciclada, todas provenientes de reaproveitamento de resíduos.
Além disso, há algumas iniciativas para a preservação da planta. Como o xaxim se encontra, preferencialmente, no sul do Brasil, o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), mantém uma área de replantio de xaxim. Ao todo, a iniciativa conta com mais de 2 mil exemplares no município de São Francisco de Paula.
A prefeitura de São Paulo também tomou medidas para a proteção ambiental da planta. Em 2002, a gestão promulgou uma lei que proíbe a comercialização e industrialização de vasos, estacas e plantas oriundas do xaxim.
Fibra de Coco
A fibra de coco verde, também conhecida como coxim, tem uma aparência semelhante ao xaxim, apesar de ser mais resistente e drenável. Produzido a partir da casca do coco – seis cocos resultam em um quilo de fibra – serve também para a produção de placas, palitos, cobertura e substrato para paisagismo e placas para isolamento térmico e acústico.
Considerado sustentável e econômica, a alternativa vem sendo muito utilizada em diversas áreas da construção, decoração e, até mesmo, em fazendas que produzem flores.