O smog caracteriza-se pela formação de uma espécie de neblina de poluição, composta pela mistura de gases, fumaça e vapores de água. A palavra é de origem inglesa e deriva-se da junção de smoke (fumaça) e fog (neblina).
O efeito smog ocorre nos centros urbanos e é composto principalmente por uma mistura química, que envolve óxido de nitrogênio (NOx), compostos voláteis orgânicos (VOC), dióxido de sulfureto, aerossóis ácidos e gases.
Entretanto, há três tipos de smog: urbano, em que fumaça, poluentes gasosos, neblina, ar e partículas sólidas se misturam; industrial, em que neblina, fumaça, ácido sulfúrico, dióxido de enxofre e fuligem são lançadas no ar por empresas que não respeitam as normas ambientais; e fotoquímico, que se origina dos gases liberados por escapamentos de veículos que emitem dióxido de nitrogênio e hidrocarbonetos não queimados e é mais comum em dias quentes e secos.
Danoso para a saúde, se inalado em grandes quantidades, pode acarretar em uma série de doenças respiratórias. Os idosos, as crianças, pessoas alérgicas e os asmáticos são os mais sensíveis aos efeitos do smog. Portanto, recomenda-se evitar exercícios ao ar livre e próximo aos locais com trânsito pesado em dias de smog.
Em dezembro de 1952, Londres sofreu com as consequências do smog e um grande nevoeiro encobriu a cidade. O evento, que ficou conhecido como Big Smoke, é um dos piores que se tem notícia e foi causado pelo encontro da queima excessiva de carvão devido a um inverno rigoroso e pela grande quantidade de poluentes emitidos no ar pelas indústrias da região.
O nevoeiro escuro e denso impossibilitou o trânsito na cidade, sessões de filmes e concertos ao ar livre foram cancelados e milhares de pessoas morreram. Estima-se que o número de londrinos mortos por conta do smog seja de 11 mil moradores e outros 10 mil ficaram doentes.
Após os danos causados a Londres, o Parlamento britânico usou a situação para desenvolver políticas ambientais rigorosas. Assim, foi aprovada a Lei do Ar Limpo (Clean Air Act), em 1956. Como medidas, as usinas foram realocadas em lugares mais afastados dos centros urbanos, o processo industrial foi obrigado a tornar-se menos poluidor e a queima de combustível poluente foi proibida em algumas regiões. Outros países seguiram essa regulamentação e conseguiram reduzir em a quantidade de poluentes na Europa em 26%, segundo a Agência Ambiental Europeia.
Recentemente, a China foi alvo da neblina de poluição. Em 2006, o smog atingiu 17 províncias da região, entre elas a capital Pequim. Para evitar que o problema apareça novamente, o país também propôs a implementação de medidas antipoluição, como multa ao ser flagrado dirigindo um carro desregulado e a proibição de novas construções de indústrias de cimento e aço.