Uma das explicações científicas mais famosas do mundo, a seleção natural é um fenômeno biológico que favorece a sobrevivência de parte da população. Neste sentido, os organismos que herdam combinações genéticas mais adaptativas a uma determinada condição ecológica, tendem a se adaptar melhor e, assim, sobreviver.
Ou seja, quando as condições ambientais se modificam, algumas variações são vantajosas e permitem que os indivíduos as apresentem, sobrevivam e produzam mais descendentes do que aqueles que não as têm.
Entre alguns exemplos de seleção natural estão o melanismo industrial, resistência a inseticidas e a antibióticos e a siclemia. Separamos dois casos para que você entenda o que é e como é o mecanismo da seleção natural na prática.
Antibióticos
O desenvolvimento de resistência a antibióticos em micro-organismos – utilizados para lutar contra doenças provocadas por bactérias – é, talvez, um dos mais conhecidos mecanismos de seleção natural.
Quando expostas a antibióticos, a maioria das bactérias morre rapidamente, mas algumas podem possuir mutações que as fazem ser um pouco menos suscetíveis aos efeitos dos antibióticos.
Essa eliminação seletiva de indivíduos mal adaptados de uma população é considerada seleção natural. Essas bactérias sobreviventes irão se reproduzir novamente, produzindo a próxima geração e essa população conterá mais bactérias que apresentam algum tipo de resistência contra os antibióticos.
Resistência de insetos e inseticidas
Alguns organismos são naturalmente resistentes à ação de determinado inseticida. A capacidade de resistir ao agente químico constitui uma característica determinada por certos genes mutantes, que conferem aos insetos uma variação “favorável”, no caso de a população ser exposta ao inseticida.
Vale lembrar que os insetos resistentes, além de sobreviverem, continuam a se reproduzir, gerando descendentes dotados do mesmo poder de resistência. Dessa forma, após algumas gerações, a população é constituída, praticamente, apenas de insetos resistentes.