As tempestades solares acontecem quando a radiação atinge o campo magnético e a atmosfera do planeta, podendo causar quedas de energia elétrica, interferência no clima, nos satélites de comunicação e nos instrumentos de navegação.
Em 2013, o Sol completa o seu ciclo de 11 anos. Quando isso acontece, a tendência é que haja erupções, no entanto, é impossível prever com precisão a data, o horário e a intensidade.
As erupções solares são classificadas conforme o seu brilho. As de classe “X” são grandes erupções que podem desencadear a suspensão de diversas atividades eletromagnéticas e afetar a comunicação da Terra. As de nível “M” são de média intensidade e afetam, principalmente, os pólos, podendo haver rápidos bloqueios nas transmissões de rádio. Já as de classe “C” são pequenas e não afetam a Planeta.
Em 2013, já foram registradas duas tempestades solares do tipo “X”. Outras menores também foram registradas, todas nos meses entre fevereiro e junho. Apesar de já estarem preparados para isso, os cientistas e a população mundial foram pegos de surpresa.
As radiações nocivas foram – e sempre são – bloqueadas pela atmosfera, não podendo alcançar os seres humanos. Apenas astronautas fora da estação espacial e pilotos de aviões de caça ou de voos com rotas que seguem para os pólos podem ser prejudicados. No entanto, elas interferem nas frequências de rádio, nas telecomunicações, GPS e redes de energia.
Essas tempestades são comuns. As auroras boreais e austrais são exemplos de fenômenos que acontecem devido às tempestades geomagnéticas.
Em 1859, uma tempestade solar queimou as linhas de telégrafo na Europa e nos EUA. Hoje, se o nível fosse o mesmo, a humanidade levaria até 10 anos para se recuperar, segundo relatório assinado por cientistas. De acordo com o físico Richard Fisher, da NASA, “o Sol está despertando de um sono profundo. E nossa sociedade é muito vulnerável a tempestades solares”.
Isso porque a tecnologia está muito mais avançada do que naquela época. Hoje tudo envolve eletricidade, de carros à computadores. No caso de uma tempestade no nível de 1859, celulares e satélites pifariam, os meios de transporte parariam, a rede de energia daria curto-circuito e, consequentemente, a água e a comida acabariam.
A tendência é que as tempestades solares continuem até o fim de 2013 e que uma nova tempestade venha ainda mais forte, já que o pico de atividade do ciclo atual está previsto para o final deste ano.