Tartaruga
Foto: domtotal

A atuação do homem no meio ambiente tem interferido diretamente na seleção das espécies por meio da extinção. Isso ocorre geralmente por conta dos habitats que são destruídos, exploração de recursos naturais e introdução de espécies exóticas fora de seus locais de origem, as quais não conseguem se habituar às diferentes condições de vida e morrem.

No caso das tartarugas marinhas, a extinção ocorre por conta da poluição das águas. Garrafas pet, plásticos e demais objetos são jogados nos mares, poluindo a água e provocando asfixia em animais marinhos. Acidentes com derramamento de petróleo também os atingem além da caça e pesca ilegais.

No Brasil existem cerca de cinco espécies de tartarugas marinhas e quatro delas estão em processo de extinção. Isso acontece porque as espécies Cabeçuda, de Pente, Oliva e de Couro desovam em locais próximos ao litoral, em que a ação do homem é maior, colocando-as em risco. Já a Tartaruga Verde não está em situação de perigo, pois sua desova acontece em locais onde a ação predatória do homem é mais controlada.

Nessas condições, são poucas as tartarugas que conseguem atingir a idade adulta, momento em que acontece o acasalamento e a desova, portanto a reprodutividade torna-se difícil.

Projetos de Preservação

Para combater esses fatores, projetos como o Tartaruga Marinha (Tamar) foram iniciados. Após dois anos de estudos foram feitos levantamentos para a coleta de espécies, identificação dos animais presentes nas costas, locais de desova, e alimentação para que as causas da extinção de tartarugas marinhas fossem descobertas. Dessa maneira, foi possível desenvolver estratégias que auxiliam na desova das tartarugas, transferindo os ninhos para locais seguros em que os ovos são protegidos.

tartaruga de couro
Foto: looiz_flickr

Essas práticas são mantidas atualmente e são cada vez mais elaboradas, segundo pesquisas científicas realizadas por profissionais que trabalham juntamente ao projeto. Nesse ano foram iniciados estudos sobre hibridismo (nascimento de tartarugas com características semelhantes a duas espécies diferentes), realizados por meio de transmissores via satélite, que buscam entender a causa do comportamento migratório de filhotes de tartaruga Cabeçuda.