Coral-sol
Coral-sol. Foto: trilhasemergulho

Quando inseridas em outro ecossistema diferente do seu, espécies invasoras se tornam uma ameaça às espécies nativas, principalmente se estiverem em locais mais isolados, como as ilhas. O fato é que animais e vegetais que vivem em regiões afastadas não estão acostumados a competir. Uma modificação brusca nesse processo de sobrevivência pode acarretar a perda de biodiversidade e de habitat.

Um exemplo disso é o coral-sol, espécie comum do Timor-Leste que chegou ao Brasil na década de 1980, por meio de plataformas de petróleo e gás. O coral-sol invadiu costões rochosos ao longo de 900 km da costa fluminense, afetando seis municípios: Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Mangaratiba, Parati e principalmente Angra dos Reis (Ilha Grande).

Apesar do coral-sol ainda não ter atingido os recifes de corais brasileiros, esta possibilidade é alarmante. Ele também pode afetar milhões de pessoas que utilizam os recifes de corais como fonte de alimento e renda.

Existem cerca de 11 mil espécies fora de seu habitat, segundo a ONU. Combatê-las é uma tarefa árdua e demorada. Se o novo habitat não tem predadores para detê-las, a missão torna-se ainda mais difícil.

Também no Rio de Janeiro, a jaqueira é uma invasora nociva para a flora e fauna nativas da Floresta da Tijuca. As raízes dessa árvore mudam a composição do solo, impedindo o crescimento de outras. Isso pode provocar um superpovoamento de insetos, por exemplo.

Outro animal invasor é o mosquito Aedes aegypti (vetor da Dengue). Originário da Etiópia e do Egito chegou ao Brasil durante a escravidão. Ele se reproduz facilmente em recipientes artificiais onde ocorre acúmulo de água e também migram para regiões degradadas por fenômenos naturais, como furacões e enchentes. O combate mundial às espécies invasoras esta na margem de US$ 1,4 trilhão nas principais economias do mundo, segundo a ONU.

Mosquito da dengue - Aedes Aegypti
Mosquito da dengue – Aedes Aegypti. Foto: ubirata