© Depositphotos.com/Joelfotos Pica-pau-de-cabeça-amarela

Também conhecido como pica pau cara de canela, o animal de nome científico Dryocopos Galeatus faz parte de uma lista grande de pica paus – como o pica pau branco, pica pau anão, pica pau do campo, entre outros.

A ave da família Picidae, talvez o menos conhecido dentre os demais, pela falta de pesquisas, estudos e informações sobre o animal. No entanto, esse tipo de pica pau se destaca em muitos quesitos dos demais.

Dentre seus diferenciais estão o seu tamanho e a sua pelugem, é um animal de grande porte, que pode chegar a 30 centímetros. A ave possui diversas colorações ao longo de seu corpo, com o peito marrom, borrado de branco e a barriga preta. Já a sua face, pela qual é conhecido, é composta por uma coloração marrom, preto e bege, o que lhe confere um aspecto sujo e pouco amigável.

Exclusivo da Mata Atlântica, o animal pode ser encontrado em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil, bem como em algumas regiões do Paraguai e Argentina. Para se reproduzir, o pica pau de cara amarela faz seu ninho em árvores a apenas 3 metros do solo.

Extinção

Estima-se que no Brasil vivem cerca de 1600 espécies de aves, das quais mais de 600 se encontram na Mata Atlântica, sendo que dessas, quase 100 estão ameaçadas. Entre elas, está o pica pau de cara amarela.

O animal entrou na lista de animais ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente porque não existem registros de aves vivas. No Brasil, as últimas notícias que se tem são da década de 1940, em Santa Catarina e na de 1950 no Paraná. No entanto, o registro mais recente do pica pau de cara amarela vem da Argentina, quando um exemplar da espécie foi visto na cidade de Prissiones, em 1970.

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Para especialistas, as causas são simples e envolvem as ações humanas. Isso porque, por habitar muitas regiões serranas, o animal sofreu com construções de estradas, ferrovias, entre outras, que o fizeram sofrer com a perda de seu habitat e, consequentemente, de sua população.

Além disso, o desmatamento também foi um fator decisivo na redução da espécie, já que o animal alimenta-se, basicamente, de insetos na casca e interior de árvores. Logo, com as queimadas e a ausência das mesmas, a espécie ficou sem alimento, ocasionando a morte de muitos animais.

Apesar de pesquisadores acreditarem que ainda existam exemplares nas florestas, a falta de informações e de conhecimento destes torna difícil a salvação, já que sem um animal vivo, em posse de especialistas, a espécie não pode participar de programas do governo e de órgãos especializados que visam a reprodução e reintrodução de espécies nas matas.