Toda forma de vida deixa rastros pelo planeta e a raça humana não faz diferente. Porém, com a poluição de rios, emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o desmatamento de florestas, nossa espécie tem deixado uma marca negativa na Terra. Até simples atos como um passeio de carro ou acender uma lâmpada se tornaram prejudiciais ao meio ambiente. Por isso, foi criada a calculadora do Projeto Pegada de Carbono, que mede a quantidade de CO2 dispersada por cada pessoa em suas ações cotidianas ou empresas no seu ramo de atuação.
A ferramenta, que colabora com o Programa Carbono Neutro, da Organização de Conservação da Terra (OCT), é capaz de estipular a poluição que empresas e indivíduos lançam por ano na atmosfera e mostrar quantas árvores é preciso plantar para que os danos sejam reparados. Porém, diferente de outros aplicativos com função semelhante, o dispositivo não necessita de informações técnicas, como quilowatt-hora, pois, disponibiliza médias de consumo como opção.
Mas, afinal, o que são as pegadas de carbono? Basicamente, são valores calculados mensal ou anualmente de dióxido de carbono emitidos através de cada ação rotineira que demanda a utilização de combustíveis fósseis. Despesas de eletricidade, ar condicionado, transporte por automotores e, até, separação de material reciclável são computadas pelo sistema.
No ramo industrial, algumas empresas, adeptas do projeto, já estampam a etiqueta “Carbono Neutro” nas embalagens de seus produtos, indicando que são sustentáveis e que estão conscientes sobre o dever de preservar o meio ambiente, adotando medidas para que suas atividades não causem tantos impactos à natureza. Porém, corporações que ainda não fazem parte da iniciativa são encaminhadas pela OCT, no próprio site, a realizar um inventário de emissão de GEE, isto é, fornecer dados de emissão de poluentes e características da organização para, assim, reduzir o índice de poluição emitida.
Atualmente, o planeta requer o prazo de um ano e dois meses para recuperar o que a população utiliza em 365 dias, mas, num ritmo de consumo ininterrupto, não há equilíbrio entre o que a Terra precisa e o que o homem solicita. Porém, ao invés de tomar atitudes drásticas por conta própria, qualquer pessoa pode “zerar” os números de toxinas emitidas através de doações à OCT, que faz o plantio de árvores correspondente à quantidade de CO2 que é produzida pela pessoa ou por uma empresa.
Projeto CO2 Neutro Pratigi
Os recursos obtidos, por meio do Projeto Pegada de Carbono, são diretamente destinados à Organização de Conservação da Terra (OCT), integrante do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), que promove o plantio de árvores em nascentes na Área de Proteção Ambiental do Pratigi, no baixo sul da Bahia, um conjunto de 15 municípios do estado. Além de utilizar os terrenos cedidos por moradores da região, a OCT paga R$ 1 por muda plantada e fornece assistência técnica aos agricultores locais. Ao todo, já foram restaurados 155 hectares com espécies nativas da Mata Atlântica e Sistemas Agroflorestais (SAFs), além de 97 mananciais recuperados.