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Habitat das mais diversas espécies de seres vivos, o oceano é extremamente importante para a preservação da biodiversidade no planeta. Atualmente, apenas 1,57% do litoral do Brasil é abrangido pelo programa Áreas de Proteção de Rede Marinha e Costeira (MCPA), instituído pelo governo federal em 2000. Consciente disso, o Estado irá aumentar a sua área oceânica de proteção ambiental de 5,5 milhões de hectares para mais de 17,5 milhões de hectares.

O projeto Áreas Marinhas Protegidas, que prevê a criação de novas unidades de conservação (UCs), foi aprovado pelo Banco Mundial (Bird) e será financiado pelo Fundo Ambiental Global (GEF, na sigla em inglês), com recursos de mais de R$ 40 milhões (US$ 18,2 milhões).

As ações previstas no projeto levarão benefícios a 43 milhões de pessoas e alcançarão 514 mil quilômetros quadrados da costa do Brasil. A previsão é que a iniciativa desencadeie amplos benefícios sociais e econômicos decorrentes da proteção da capacidade dos ecossistemas costeiros de produzir alimentos e manter a boa qualidade da água, além de aumentar as condições de resistência e recuperação da degradação.

Entre os principais objetivos do projeto estão a criação e consolidação de pelo menos 120 mil quilômetros quadrados de novas áreas de proteção da biodiversidade, incluindo 9.300 quilômetros quadrados de áreas de proteção da biodiversidade melhorados. Ele ainda prevê a procura por dois financiadores a longo prazo, para a manutenção da Marinha do Brasil e da Rede de Proteção Costeira.

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O Banco Mundial já é um parceiro do Brasil na implantação de unidades de conservação na Amazônia, e, segundo sua diretora no país, Deborah Wetzel, a nova empreitada será um sucesso. “Não temos dúvidas de que este novo projeto vai seguir o mesmo caminho, não só preservar este ambiente rico, mas também proporcionar novas oportunidades de desenvolvimento para as comunidades locais que dependem dele”, assegurou.

Uma das regiões ambientalmente mais ameaçadas no Brasil, a zona costeira deverá ganhar muito com o projeto. A ideia é potencializar o bem-estar dos habitantes das zonas costeiras e incrementar as oportunidades para as comunidades locais tradicionais, que dependem, diretamente, das atividades de pesca para sua subsistência.