© Depositphotos.com / vvoennyy Técnica da serapilheira tem a função de alimentar ecossistemas florestais.

Como já diria Antoine Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Talvez na época o importante pensador não conhecesse o termo de serapilheira com propriedade ou, então, jamais imaginaria que mesmo tanto tempo depois ele tivesse uma representatividade tão grande para o meio ambiente e futuro do planeta.

Um exemplo fiel do pensamento de Lavoisier pode ser observado nas florestas, onde há a formação de uma camada de matérias orgânicas mortas ou em decomposição. Aparentemente sem nenhuma função para aquele espaço, esta camada é responsável por fazer o reaproveitamento de nutrientes para o solo.

Essa camada é a serapilheira, formada por folhas, galhos, sementes e frutos, restos de vegetações, resíduos e até dejetos de animal. Atuante como uma espécie de cobertura na superfície do solo, a serapilheira tem a importante função de alimentar ecossistemas florestais, fazendo esta atividade através da ciclagem de nutrientes.

O processo se caracteriza justamente pela manutenção de materiais orgânicos em decomposição que, depois de um certo período em contato com o solo, se transformam em repositores de vitaminas e minerais.

Inclusive a serapilheira é alvo de importantes técnicas agroflorestais, com o objetivo de aparar os estragos causados por queimadas e desmatamento, através da recuperação de florestas degradadas e grandes matas.

A sintropia, por exemplo, técnica criada por Ernst Götsch, que recria cenários florestais em pequenos terrenos com o mesmo objetivo, se aproveita da serapilheira como matéria-prima para sua atividade. Por este motivo a camada tem um papel tão importante para o futuro da natureza.