Segundo pesquisa conjunta realizada entre cientistas dos Estados Unidos, Japão, China e Europa, divulgada na Revista Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS, na sigla em inglês), mais de 10% da população ao redor do mundo poderá ser afetada pela alteração do clima.
Na pesquisa foram identificados os “pontos quentes”, definidos como aqueles que mais abrigam elementos da vida humana – ecossistemas, acesso à água e à saúde – e serão afetados pelo aquecimento global se as metas de redução de gases nocivos à atmosfera não forem atingidas e se a temperatura subir uma média de 4°C em relação ao período de 1980 a 2010.
O sul da Amazônia é o ponto que apresenta o maior número de locais que precisam de mudanças marcantes no acesso à água potável e ao cultivo da agricultura de subsistência.
Segundo outra pesquisa, dirigida por Franziska Piontek, do Instituto para a Investigação sobre o Impacto do Clima, de Potsdam, na Alemanha, o sul da Europa corresponde à segunda região mais afetada devido ao difícil acesso à água e à baixa qualidade das colheitas.
De acordo com a definição de “pontos quentes”, grande parte da África não sofrerá tanto com estas mudanças climáticas. Mas, segundo os autores do estudo divulgado pela PNAS, o continente apareceria se as secas ou as inundações fossem consideradas entre os parâmetros analisados.