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A geoengenharia estuda a manipulação do clima da Terra por meio da tecnologia. A ciência é utilizada em pequena escala há muitas décadas, mas atualmente ganhou destaque pela possibilidade de criar soluções para o aquecimento global. Basicamente existem duas formas de a matéria contribuir para o controle da temperatura do planeta: por meio do Gerenciamento da Radiação Solar (SRM) e pela Remoção do Dióxido de Carbono (CDR.

O SRM busca refletir os raios solares para que eles retornem ao espaço antes de atingirem a superfície da Terra. Já o CDR é um método mais lento, mas considerado mais abrangente já que ao invés de combater os efeitos, irá agir na causa do problema.

A ideia mais estudada atualmente é a fertilização dos oceanos, que faz parte das iniciativas de remoção de carbono. Este método é controverso. Muitos ambientalistas se opõem ao o uso de ferro para aumentar o crescimento dos fitoplânctons que podem absorver o CO2, como sugere a geoengenharia.

Estudos mostraram que cerca de metade do fitoplâncton criado pela geoengenharia afundava nos oceanos, isolando o carbono por um período muito longo. Por outro lado, a medida poderia atingir negativamente a diversidade oceânica, modificando completamente o ecossistema, dizem os especialistas em meio ambiente.

fitoplâncton
Fitoplâncton. Foto: culturamix

Segundo Steve Rayner, co-diretor do Programa de Geoengenharia da Universidade de Oxford, é preciso buscar equilíbrio. O estudioso afirma que seria irresponsável não explorar o potencial das tecnologias para utilizá-las da melhor forma possível já que elas fazem parte da história da humanidade e foram indispensáveis para a evolução da sociedade.

Para minimizar os efeitos do aquecimento global, soluções diferentes devem ser utilizadas. Conheça alguns estudos da geoengenharia:

Aerossóis atmosféricos: consiste em espalhar enxofre nas camadas mais altas da atmosfera, como acontece quando um vulcão entra em erupção. Dessa forma, os raios solares refletiriam antes de chegar à superfície da Terra.

Melhoramento de Albedo: método que busca aumentar a refletividade dos raios solares, mas dessa vez nas nuvens.

Refletores espaciais: estudada para bloquear a luz do sol antes que ela chegue ao nosso planeta.

Reflorestamento: a ideia é plantar árvores em escala global, a fim de promover o sequestro de CO² e a limpeza natural do ar.

Biocarbono: a técnica visa queimar biomassa e enterrar para que o carbono fique preso no solo.

Mar
Foto: leoplus

Captura no ar ambiente: busca a produção de máquinas que poderiam remover o CO² do ar e armazená-lo em outros locais.

Meteorização melhorada: esta técnica exporia grandes quantidades de minerais capazes de interagir com o CO², capturando-o ou transformando-o quimicamente. Os compostos resultantes seriam armazenados nos oceanos ou no solo.

Aumento da alcalinidade dos oceanos: ideia é parecida com a meteorização, mas dessa vez, minérios como calcário e silicato de cálcio seriam dispersos nos mares para aumentar a absorção de carbono, contribuindo também para controlar a acidificação oceânica.