Stockphoto.com / wierdeau Doença faz com que estrelas do mar se tornem líquidas.

De acordo com um levantamento feito por uma equipe de cientistas universitários, os efeitos do aquecimento global estão sendo os culpados por causar a extinção de algumas espécies de estrelas do mar no Oceano Atlântico e também no Pacífico. A partir das informações reveladas pela pesquisadora Morgan E. Eisenlord, responsável por conduzir os estudos, foi concluído que um dos principais fatores que motivam esta destruição é o aumento de temperatura das águas marítimas, fazendo os animais contraírem uma doença que os desintegram.

Segundo a análise, esta doença se desenvolve lentamente nos organismos, fazendo com que as espécies se liquefaçam (isto é, transformem-se de um estado material para outro) até, de fato, desaparecerem. A informação condiz com a realidade acompanhada em algumas regiões dos dois oceanos, onde percebeu-se a ausência de várias espécies muito conhecidas de estrelas do mar.

A pesquisa, que aconteceu em 16 pontos diferentes na costa de Washington, confirmou a relação entre a temperatura dos mares e o vírus – que só evoluiu com todas essas condições climáticas favoráveis. Os números revelados apontam que pelo menos 20 espécies marítimas já foram afetadas. Algumas, inclusive, tiveram suas populações exterminadas em áreas específicas.

Doença ainda não tem cura

Outra informação preocupante sobre o apontamento, é que, até o momento, não há reconhecimento de qualquer tipo de cura ou ação que previna o problema. A doença foi observada pela primeira vez nos anos 90, na região de Nova Inglaterra, mas naquela época não havia sido identificado o potencial do problema a ponto de se transformar em um movimento “epidêmico”.

Importante destacar que um outro estudo apontou que as lagostas também estão sofrendo com o mesmo efeito do aquecimento global. A diferença encontrada nos sintomas da espécie é a alta velocidade com que a bactéria se reproduz quando em contato com águas mais quentes. Por fim, é válido lembrar que o aquecimento das águas marítimas, juntamente com a absorção de carbono feita pelos oceanos, faz com que a acidificação do mar continue a prejudicar a existência das espécies marinhas.