Do inglês (perm – permanente + frost – congelado), o termo criado em 1943 por S. W. Muller se refere a uma área permanentemente congelada. De acordo com um estudo da ONU, cerca de 24% da superfície de terra exposta no hemisfério norte se encaixam nessa classificação. Conhecido também como pergelissolo, o permafrost pode ter diferentes características e formatos, podendo ser constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. Desta forma, esse tipo de solo é considerado parte da criosfera e, também, da geosfera. Em algumas partes do mundo este tipo de solo penetra profundamente a terra, podendo levar muito tempo. De acordo com cientistas, foram quase meio milhão de anos para que se formasse permafrost nas profundidades encontradas no Alasca. Acredita-se que para congelar o solo em até 80 metros profundidade, podem ser necessários 350 anos, porém este tempo é dez vezes maior para atingir 220 metros, por exemplo.
Esse longo processo de congelamento faz com que os permafrosts abriguem consigo uma grande quantidade de restos de plantas e animais. No entanto, isso é visto como um grande problema ambiental por especialistas. Isso porque, com o aquecimento global e o derretimento das geleiras durante os meses mais quentes do ano, a decomposição desses restos pode emitir uma quantidade grande de metano e dióxido de carbono na atmosfera. De acordo com estudos e cientistas, cerca de 45 bilhões de toneladas desses gases, alguns dos responsáveis pelo efeito estufa, poderão ser liberadas nos próximos 30 anos. Uma equipe de pesquisadores liderada pela Universidade Estadual da Flórida revelou que comparado ao CO2, o metano tem um potencial desproporcionalmente maior de aquecimento – 33 vezes mais poderoso. A pesquisa ainda estima que se todo o permafrost derreter, em 2100 haverá cinco vezes mais carbono na atmosfera do que hoje. O problema foi agravado e chama a atenção somente agora devido à falta de estudos sobre a quantidade certa de carbono contido no permafrost, bem como os efeitos sobre o clima global.