A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a poluição de partículas finas, ou seja, aquelas transportadas pelo ar e que podem incluir poeira e fuligem, seja mantida abaixo de 10 microgramas por metro cúbico (µg / m3).

Pesquisadores da University College London afirmaram que a queda dos níveis de poluição no mundo poderia contribuir para a redução do risco de depressão.

No estudo, publicado na Environmental Health Perspectives, os pesquisadores analisaram dados de 16 países e encontraram evidências de uma ligação entre a poluição do ar e uma série de problemas de ordem mental. Com isso, a equipe concluiu que a exposição à poluição do ar pode estar associada a um maior risco de depressão.

Já é de conhecimento geral que os poluentes causam inúmeros riscos à saúde, que variam desde doenças cardíacas e pulmonares até derrames. Agora, com esta pesquisa, os cientistas mostram que esta poluição também pode prejudicar a saúde mental, tornando urgente a necessidade de um controle mais rígido das emissões de poluentes na atmosfera.

Poluição x Suicídio

A pesquisa também mostra evidências de uma ligação entre a quantidade de poluentes na atmosfera e o número de suicídios. De acordo com o estudo, ao analisar um período de três dias, o risco de suicídio é mais alto quando os níveis de poluentes estão mais elevados, em comparação a períodos menos poluídos.

A equipe responsável pelo estudo disse que ainda não é possível confirmar se a poluição do ar causa diretamente problemas de saúde mental, mas afirma que há evidências que sugerem possíveis mecanismos causais. Isso ocorre porque as partículas do ar podem atingir o cérebro tanto pela corrente sanguínea quanto pelas narinas, causando danos às células nervosas e alterações na produção de hormônios do estresse, que estão associados a desordens mentais.

Como contribuir para isso?

Ainda há muito para ser feito para que haja a redução dos níveis de poluição do ar nas grandes cidades. Mas a Organização Mundial da Saúde recomenda que as indústrias limitem as suas emissões e que haja mais investimento em tecnologias para a geração de energias renováveis. Estas ações não estão ao alcance da maioria da população, mas ainda assim, é possível contribuir para um ambiente mais equilibrado ao priorizar o transporte público e o uso de bicicletas, por exemplo.

Se você também deseja fazer a sua parte, aqui você encontra algumas dicas simples que podem contribuir muito para elevar a qualidade de vida nas grandes cidades!