Quanto mais poluição as plantas absorverem, maior dificuldade de crescimento elas terão e seu ciclo de desenvolvimento será prolongado. Esta foi a constatação do estudo publicado na revista científica americana Nature, realizado pela Faculdade Fort Lewis (EUA). O fenômeno anteriormente era relacionado apenas ao aumento da temperatura global.
Para chegar a esta conclusão, os cientistas liderados por Melissa Reyes-Fox e Heidi Steltzer, colocaram plantas em um terreno de 8,5 metros quadrados dividido em três partes diferentes. Uma das áreas foi exposta a uma temperatura de 1,5°C acima da média comum durante o dia e de 3°C acima da média noturna.
Um grupo de plantas ainda ficou sob um nível de dióxido de carbono 1,5 % a mais do que a taxa normal. Na terceira divisão do terreno, outras plantas ficaram expostas às duas condições (altas temperaturas e nível de gás tóxico elevado).
Os cientistas analisaram quando as flores de seis espécies comuns de grama e arbustos apareceram pela primeira vez. Foi o mesmo momento em que as sementes amadureceram e as folhas começaram a ficar escuras.
Mesmo que os resultados tenham tido variação entre as espécies e os anos, a média de crescimento foi estendida por seis dias nas áreas aquecidas e por mais 14 dias nos terrenos expostos à maior concentração de CO2 e temperaturas elevadas.
Portanto, o estudo conclui que na medida em que os níveis de dióxido de carbono aumentam, os poros de respiração das folhas se obstruem e impedem a perda de água, estendendo o período de crescimento das plantas. Os resultados sugerem que uma estação de crescimento mais longa, especialmente onde a água é um fator limitante, não se deve somente ao aquecimento, mas também a uma concentração superior de dióxido de carbono pela atmosfera.