A Copa do Mundo aqui no Brasil irá emitir 1,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono e GEE (gases de efeito estufa) em emissões diretas e indiretas. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as emissões diretas, de 60 mil toneladas, já foram compensadas por meio da chamada pública para empresas realizada em abril, as quais ainda continuam em desenvolvimento.
As altas emissões diretas compreendem serviços de construção civil, hospedagem e mobilidade. Já as indiretas são produzidas pelo transporte aéreo internacional e aquelas não relacionadas a roteiros definidos dentro das cidades-sede. A ministra Izabella Teixeira firmou o compromisso em mitigar especificamente as emissões diretas.
Além da mitigação e compensação das emissões e da ampliação do Passaporte Verde – um portal com opção de roteiro de viagens, comidas e hospedagens nos moldes da sustentabilidade-, os ministros anunciaram a inclusão de catadores de material reciclável e coleta seletiva nas campanhas de gestão de resíduos sólidos do governo, como por exemplo, a “Brasil Orgânico e Sustentável”, que irá distribuir kits de alimentos para os voluntários e instalar, nas cidades-sede, quiosques de comercialização de produtos orgânicos e produzidos através da agricultura familiar.
As certificações selo Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) também estão inclusas na parte sustentável do evento. As arenas Castelão, em Fortaleza, e Fonte Nova, em Salvador já receberam o reconhecimento internacional. As certificações de seis estádios (Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife) devem ser entregues até o início da competição, nesta semana.
Embora haja patrocínio privado para promover a sustentabilidade neste evento, ainda faltam muitos pontos para solucionar. Um deles é a educação ecológica dos torcedores, que, como de costume, poluem estádios e arredores com latas e garrafas de bebidas vazias pelo chão. Por um lado, a desordem coloca em evidência o trabalho dos catadores, os quais são bem recebidos pelo Ministério. Entretanto, tal conduta da sociedade é vista como decepcionante para muitos especialistas.
Mesmo que a pasta se empenhe para auxiliar o evento mais importante do ano no país, os problemas ambientais em território nacional continuarão se agravando, e necessitando de soluções imediatas.