De acordo com estudo realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o tráfico de animais silvestres é um dos crimes ambientais mais praticados no Brasil. São mais de 8 mil animais silvestres traficados pelo País a cada ano, com tendências a números ainda maiores num intervalo de tempo menor.
Por não ser um crime tão novo, o tráfico de animais silvestres costuma ser bastante monitorado não apenas pelo Ibama, mas por instituições como a Polícia Ambiental Militar e a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o RENCTAS. Apesar disso, nem sempre as táticas para evitar essa ação criminosa funcionam.
Tráfico de animais: por que esse crime acontece?
As dificuldades financeiras enfrentadas pela população são o principal impulsionador do tráfico de animais, uma vez que regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil apresentam cidades interioranas muito carentes de recursos. Como solução, a população encontra nos animais locais uma forma de gerar dinheiro.
Além disso, o mercado de animais traficados é muito grande, sendo alimentado especialmente por colecionadores. Como grande parte do público não se preocupa em denunciar o crime ambiental e nem em identificar de onde vêm esses animais, a conduta errada continua sendo praticada de maneira descontrolada.
Para onde vão os animais traficados?
Embora possam ser levados para vários lugares, existem alguns destinos principais para os animais traficados. Mesmo com iniciativa pública em monitorar o transporte desses animais, a rota é extensa e o comércio gira tranquilamente não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo inteiro.
O Nordeste é a principal região que trafica animais, sendo que os principais destinos dos animais traficados dentro do País são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Isso ocorre porque é nesses locais que se concentram a maior parte dos centros de pesquisa, colecionadores e pessoas que revendem esses animais para o exterior.
Em outros locais, o tráfico é um pouco mais seletivo. Países como Japão e China são consumidores ativos de répteis e insetos, especialmente como base para alimentação. Nos Estados Unidos e Canadá, a busca por primatas e aves é muito comum. E, por fim, na Inglaterra, Espanha e Bélgica, o consumo mais comum é de peixes ornamentais e de aves, que são bastante visadas por conta de sua variedade em beleza e porte.