Círculo do Pacífico
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Formado no fundo do oceano por uma forte atividade vulcânica e fossas oceânicas, o Círculo de fogo do Pacífico, também conhecido como Anel de fogo do Pacífico, coincide com as extremidades de uma das maiores placas tectônicas do planeta, tornando a região com mais terremotos do mundo.

Isso acontece porque há um atrito e movimento entre várias placas tectônicas. Ou seja, enquanto as placas distanciam-se na região do Oceano Atlântico, elas se colidem, modificando o relevo e proporcionando abalos sísmicos e a proliferação de vulcões.

O anel tem formato de uma ferradura. Nos mais de 40.000 km de extensão, distribuídos entre toda a costa do continente americano, Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul, estão mais de 450 vulcões, cerca de 75% dos vulcões ativos e latentes do planeta, que juntamente com cadeias e cordilheiras de montanhas fazem da paisagem da região uma das mais deslumbrantes do mundo.

Os sismógrafos captam algum tipo de abalo no Círculo de Fogo a cada cinco minutos. Os processos tectônicos registrados na região são responsáveis por cerca de 90% dos terremotos registrados no planeta ao longo da história.

Estima-se que somente o Japão responde por cerca de 20% dos tremores de magnitude igual ou superior a 6 registrados todos os anos no mundo todo.

Não é à toa que os piores desastres naturais já registrados aconteceram na região do anel, como o tsunami de dezembro de 2004, que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico, após um tremor de magnitude 9,1, e o terremoto do Chile em 1960, com 9 na Escala Richter.

Placas tectônicas

Foi em 1960 que cientistas de todo o mundo desenvolveram a teoria das placas tectônicas, que explica as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala.

De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma “colcha de retalhos” de enormes placas que flutuam pelo planeta. As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano.

Vulcão
Foto: tvcultura

Dessa forma, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades. Nesses casos, três coisas podem acontecer: elas podem se afastar umas das outras, podem se aproximar, ou podem entrar em atrito umas nas outras, sem causar muito distúrbio.

No último caso, são causados tremores de menor intensidade. No entanto, quando uma placa se move e é forçada para dentro da Terra, ela encontra altas temperaturas e pressões, formando a larva solta pelos vulcões. Essas atividades entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.