Carvão vegetal
Foto: unifei

A produção de carvão vegetal no Brasil está associada a uma série de malefícios, principalmente quando acontece de forma clandestina. Além dos prejuízos para o meio ambiente com o uso de madeira de desmatamento ilegal, é comprovada também uma grande quantidade de trabalhadores escravos deste tipo de produção.

Com a intenção de diminuir os impactos ambientais e sociais da produção de carvão, várias iniciativas têm se espalhado pelo país. O objetivo é chegar a um carvão mais ecológico, um produto que tenha qualidade sem destruir a natureza – e, se for possível, até ajude o meio ambiente, com o uso de materiais reciclados.

A forma de produção de carvão ecológico no Brasil ainda é, em sua grande maioria, artesanal. Pequenas máquinas confeccionam tabletes prensados que juntam resíduos de carvão já utilizados a outros materiais como caieiras, cascas de coco e outros tipos de fibras. A esta mistura é adicionado um aglutinante à base de fécula de mandioca. Na última parte do processo, toda essa massa é prensada e colocada para secar, dando origem a tabletes, que passaram a ser chamados de briquetes de carvão.

O uso deste tipo de carvão bastante indicado para churrasqueiras, fornos de pizzaria e de panificação. Além de ajudar a natureza, o carvão ecológico ainda tem qualidades especiais, como a não produção de labaredas, a capacidade de queimar por mais tempo de maneira uniforme e o fato de não emitir fumaça nem odores desagradáveis. E, como o preço também é competitivo, passou a ser uma opção ecológica e acessível aos consumidores.

Vale lembrar que o carvão ecológico ainda não atingiu um padrão de qualidade que permita a sua utilização nas grandes usinas. Um desafio para os centros de pesquisa e universidades de todo o país, que já começaram a estudar mecanismos para a produção de um carvão ecológico ainda mais eficiente.

Carvão vegetal
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