Muitos são as maneiras que a natureza encontrou para disseminar suas espécies vegetais ao longo da evolução, entre elas está a dispersão de sementes. Há dois principais tipos de dispersão de sementes: pelos fatores abióticos e por meio dos animais.
Atualmente os maiores responsáveis pela dispersão de sementes são os animais frugívoros, ou seja, aqueles que comem frutos. O processo é simples: quando os animais consomem frutas, acabam devolvendo as sementes à terra por meio das fezes. Uma vez no solo as sementes germinam e surgem novas árvores em locais diferentes de sua origem.
Ainda há as sementes e frutos que podem “grudar” nos pelos de animais e serem carregados por longas distâncias até que desprendam e caiam na terra, estando propícios à germinação. Os animais são responsáveis por 90% do processo de dispersão de sementes.
A dispersão por meio de fatores abióticos (abertura, queda de frutos, chuvas, ventos e rios, por exemplo) ocorre em menor quantidade, mas também tem uma grande importância para a natureza. Quando chove ou venta muito, frutos e sementes são carregados para áreas diferentes de sua origem.
Algumas plantas, chamadas de deiscentes, espalham suas sementes quando abrem suas vagens (como o feijão e ervilha). Muitas vezes isso ocorre de forma bruta e as sementes são lançadas longe. Os ventos e chuvas se encarregam de transportá-las a distâncias maiores.
Os rios também podem ser responsáveis pela dispersão natural: isso ocorre quando frutos que caem em suas águas acabam sendo carregados por longas distâncias até serem resgatados por animais ou pararem à beira de um córrego, por exemplo.
Animais e pássaros também são responsáveis pela polinização, ou seja, por espalhar o pólen das flores pela floresta, seja agitando as plantas quando passam, ou carregando-os grudados nos pelos e penas para outros locais. Os insetos são importantes agentes de polinização.
A dispersão de sementes é fundamental para a manutenção das espécies e regeneração de áreas desmatadas.