A ação humana e as mudanças climáticas nos levam à preocupação com o futuro do mundo. Isso porque, reflexo desses problemas, a previsão do aumento do nível do mar deve reduzir as áreas habitadas da Terra, gerando, assim, milhares de refugiados que necessitarão ser realojados.
Pensando nisso, organizações, pesquisadores e cientistas se uniram na busca por alternativas inteligentes, eficientes e sustentáveis. Surgiram, então, as cidades flutuantes.
Acredita-se que em alguns anos, mais precisamente por volta de 2037, aproximadamente 100 mil pessoas estarão vivendo em cidades flutuantes, sobre os oceanos. A proposta é que se criem estruturas sobre o mar, onde as pessoas possam morar e trabalhar de forma sustentável.
Neste sentido, o arquiteto belga Vincent Callebaut criou o sistema Lilypad, inspirado na Vitória Regia. Cada cidade Lilypad será uma cidade de emissões zero, graças às tecnologias como a energia solar e eólica, e deve acomodar cerca de 50 mil pessoas.
A companhia japonesa Shimizu também lançou um projeto para a construção de uma cidade flutuante completamente autossuficiente, com cobertura vegetal, geração de energia própria, cultivo de alimentos, gerenciamento do lixo e fornecimento de água potável.
Intitulada Green Float, a cidade flutuante foi projetada para ocupar uma região do Oceano Pacífico, próxima ao Japão. A localização foi escolhida para garantir a temperatura amena durante todo o ano e por ser fonte inesgotável de água pronta para ser dessalinizada e utilizada em todas as atividades locais.
A área será dividida em distrito de 3 km de circunferência. Cada um será capaz de abrigar entre dez e 50 mil pessoas. Juntas, esses distritos formam cidades de até 100 mil habitantes e 7 km de extensão. A ambição, no entanto, vai além: a ideia é unir essas cidades em “países” capazes de abrigar até um milhão de pessoas sobre o mar.
Ainda nessa linha, há a utilização de navios como colônias flutuantes, que já conta com o apoio de diversas partes do mundo, como a costa da Califórnia e da Costa Rica.
Essa, aliás, é a ideia do chamado Freedom Ship. O navio irá circundar o globo a cada dois anos e oferecerá tudo o que uma cidade dispõe, incluindo hospital, faculdade e um dos maiores shoppings centers do mundo. O preço inicial de uma suíte será de US$ 121 mil por um quarto com 28 m2, chegando a US$ 11 milhões por uma suíte de 474 m2 no exclusivo 21º andar do navio, em que os preços começam em US$ 3 milhões.