No primeiro ano depois da mudança de seu sistema de coleta seletiva, a cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, aumentou em 6.434 toneladas o volume de resíduos destinados para centros de reciclagem e reaproveitamento de materiais.
A transformação aconteceu pela maneira com que o município lida com o lixo. O sistema antigo de separação de materiais demandava que as pessoas separassem em sacos diferentes todos os resíduos. Papel só com papel, alumínio só com alumínio e assim por diante. Porém, em julho de 2013, a prefeitura decidiu mudar a operação, assim, todos os materiais recicláveis passaram a ser colocados na mesma lixeira, o que facilita a o trabalho da população.
Já no primeiro ano da mudança, a taxa de reciclagem do lixo residencial de Minneapolis foi a 25%. Antes da transformação no sistema de coleta, essa taxa era de 18%. A prefeitura da cidade espera dobrar a quantidade de materiais coletados de 18.000 toneladas, em 2012, para 36.000 toneladas, em 2015.
Ao considerar a simplificação no sistema de coleta seletiva da cidade, a prefeitura contratou uma consultoria independente para avaliar os custos da ação. A empresa havia previsto o pagamento de US$ 80 por tonelada de resíduos processados, mas, após a alteração, o município arca com apenas US$ 49, mesmo preço de simplesmente despejar lixo no incinerador. A diferença entre o cálculo estimado e o custo real é que Minneapolis divide o lucro da venda dos reciclados com as empresas processadoras.
Apesar de ter apresentado uma proposta arriscada no início, a alteração do sistema de coleta não causou um problema na separação dos materiais. A taxa de lixo não-reciclável encontrado foi de apenas 5%, o que mostra o grau de conscientização dos residentes.
Agora, a prefeitura foca nas comunidades que se mostraram pouco abertas ao programa de reaproveitamento. Funcionários públicos identificam os bairros que mostraram menos participação no sistema de coleta seletiva e fazem apresentações para a população, no intuito de estimular uma mudança de comportamento.