O mais recente relatório da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC) faz um alerta preocupante sobre o aumento das temperaturas globais. Segundo o documento, a temperatura da Terra poderá subir até 2,6ºC até o ano de 2100, um aumento catastrófico que pode ter impactos sérios no clima do planeta.

Este relatório, divulgado pelo painel de cientistas encarregado de monitorar as ações globais contra as mudanças climáticas, destaca que, apesar do Acordo de Paris de 2015, ainda é necessário fazer muito mais para limitar o aumento da temperatura global de 1,5°C a 2,0°C, como estabelecido como meta.

As principais descobertas do painel são as seguintes:

O Acordo de Paris, embora tenha trazido avanços relevantes desde sua assinatura em 2015, não está conduzindo a comunidade global no caminho certo para cumprir seus objetivos de longo prazo.

As ações em andamento ainda são insuficientes para manter os níveis de temperatura abaixo do aumento de 1,5°C a 2,0°C, que é o mínimo necessário para evitar consequências graves para o meio ambiente e a sociedade.

Apesar disso, o relatório reconhece progressos significativos na redução das projeções de aumento de temperatura ao longo das três décadas de esforços globais para combater as mudanças climáticas.

Em 2010, durante os Acordos de Cancún, a projeção indicava um aumento de até 4,8°C. Em 2015, com a ratificação do Acordo de Paris e os compromissos assumidos pelos países, essa expectativa caiu para 3,2°C.

O painel acredita que, com a total implementação dos compromissos assumidos na COP27, a conferência da ONU realizada no Egito no ano passado, o aumento esperado de temperatura poderia ser reduzido para um máximo de 2,1°C.

Esses dados destacam a urgência de ações mais amplas e significativas para conter o aquecimento global e cumprir as metas de longo prazo estabelecidas pelo Acordo de Paris. O relatório chega às vésperas da reunião das 20 principais economias do mundo (G20), onde as questões climáticas devem ocupar um lugar central nas discussões.

Com informações do G1.