As práticas da agricultura e agropecuária que conservam os ecossistemas, como métodos de despoluição da água, de proteção do solo e estabilização do clima podem trazer benefícios para a economia de produtores agrícolas ao redor do mundo. A conclusão é do estudo realizando ao longo de 25 anos pela Estação Biológica Kellog, liderado pelo cientista G. Philip Robertson, publicado na revista científica BioScience.
O estudo destaca que os agricultores do meio oeste dos EUA (Dakota do Norte e Sul, Ohio, Missouri, dentre outros estados), especialmente os que possuem grandes fazendas, parecem dispostos a modificar suas práticas agropecuárias se conseguirem manter o alto nível de comercialização e rentabilidade dos produtos agrícolas. Para obter bom desempenho nestas produções, eles contam com a tecnologia avançada presente nos maquinários, pesticidas e adubos químicos.
De acordo com a publicação, uma pesquisa divulgada anteriormente apontou que os cidadãos estão dispostos a pagar pelos benefícios ao meio ambiente, como lagoas mais limpas, por exemplo.
Os autores do estudo afirmaram que os lucros foram obtidos através do procedimento de cultivo de commodities (trigo, soja e milho) que usa geralmente um terço do volume habitual de adubos, isto é, em menor proporção, desta forma conseguiram fertilizar os campos durante o período do inverno.
Os cientistas examinaram as técnicas de semeadura direta, sem preparo do solo, e salientou que os produtores podem diminuir em mais de 50% o volume de nitrogênio drenado aos aquíferos e aos rios, por exemplo.
Em síntese, o artigo destaca que se os agricultores adotarem práticas de manejo de cultivos econômico em ambientes estáveis, as fazendas dos EUA podem contribuir para melhorar a supressão de pragas e a fertilidade do solo, a qualidade de água e a diversidade biológica.