O próximo dia 04 de novembro promete ser uma data histórica para as nações e, sobretudo, para o planeta. O tão discutido Acordo de Paris sobre o clima, que começou a ser tratado ainda no final de 2015, começa a valer a partir desta sexta-feira, como confirmou o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no dia 05 do mês passado.
Segundo a organização anunciou, o acordo atingiu sua segunda meta necessária para entrar em vigor, que foi o alcance de 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. A primeira, alcançada ainda em setembro, foi a ratificação do comprometimento de 55 países – entre eles, o Brasil, como confirmado pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Tenho o prazer de anunciar que hoje o Acordo de Paris vai atravessar seu segundo e último limiar necessário para a entrada em vigor, que se dará em 04 de novembro de 2016”, informou o secretário-geral.
Desta forma, conforme o documento assinado por mais de 150 países em abril deste ano, novembro de 2016 marca o início de uma nova relação entre a humanidade e a natureza. Isto porque, através do acordo histórico firmado por 195 nações, o planeta será capaz de limitar os avanços do aquecimento global, o que também significou se livrar de uma série de consequências devastadoras para as próximas gerações de homens e animais.
Como definido pelos maiores líderes globais na COP 21 (Conferência das Partes), os principais termos a fazerem parte do Acordo de Paris são:
– Todos os signatários devem se dedicar para que o aquecimento de temperatura se limite ao máximo de 1,5°C, bem abaixo dos mais de 2°C previstos para o futuro próximo.
– Países mais ricos (classificação ainda não mensurada pela ONU) devem garantir um financiamento de US$ 100 bilhões por ano.
– A cada cinco anos, o acordo e seus termos deverão ser revistos.
“Peço a todos os governos e todos os setores da sociedade que implementem o Acordo na íntegra e tomem medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, reforcem a resiliência do clima e apoiem os mais vulneráveis na adaptação aos impactos climáticos inevitáveis”, enfatizou Ban Ki-moon.
O secretário-geral da ONU ainda pediu o esforço dos demais países para que acelerassem os processos internos para ratificação do acordo, se possível, antes mesmo da COP 22, que acontece entre os dias 07 e 18 deste mês em Marrakech, Marrocos.