Indústrias de cerca de 40 países já são obrigadas a pagar por pelo menos parte das emissões de dióxido de carbono e gases do efeito estufa (GEEs) que liberam para a atmosfera, o que significa que cerca de seis gigatoneladas de dióxido de carbono (GtCO2e), ou 12% do total produzido ao redor do mundo. A constatação foi feita através do relatório “Estado e Tendências da Precificação do Carbono 2014”, divulgado durante a 11ª Carbon Expo, na Alemanha, a maior feira mundial sobre mercados de carbono.
Feito pelo Banco Mundial, o documento mostra que existem 39 esquemas nacionais e 23 subnacionais de precificação de carbono em funcionamento no mundo, os quais juntos estão avaliados em US$ 30 bilhões. O Banco Mundial salienta que o número de esquemas está crescendo de forma acelerada, sendo que, apenas em 2013, mais oito foram lançados. A taxação de carbono também estaria ficando mais comum, com o México e a França adotando essa estratégia nos últimos meses.
O relatório também destaca a mudança de postura dos Estados Unidos e China, que estariam finalmente adotando a precificação de carbono. Em relação aos chineses, eles já possuem sete mercados de carbono locais: Tianjin, Xangai, Shenzhen, Pequim, Guangdong, Hubei e Chongqing. Somados, essas estratégias de precificação e compensação de carbono cobrem o equivalente a 1,1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente, constituindo o segundo maior mercado mundial, ficando atrás apenas do Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS).
Já nos Estados Unidos, o destaque é o mercado californiano, que entrou em operação em janeiro de 2013. No seu sétimo leilão, realizado na última semana, o esquema já movimentou quase US$ 240 milhões.
O Brasil não apresentou mudanças neste último relatório. No entanto, o Banco Mundial destaca a iniciativa do Sistema de Comércio de Emissões da Plataforma Empresas Pelo Clima, uma plataforma para simulação de um mercado de carbono criada pelo GVces em parceria com a BVRio.
Pela plataforma são 194 empresas que emitem um total de 22 milhões de toneladas de dióxido de carbono que vai poder negociar créditos de carbono de forma simulada. O primeiro leilão ocorreu em março e vendeu créditos a R$ 25.
Com informações do Carbono Brasil.