O vidro fotovoltaico é constituído por lâminas de células fotovoltaicas fabricadas com silício, que é um elemento químico semicondutor. Esse material é instalado em vidros comuns, laminados ou duplos, que absorvem a radiação solar e a transformam em energia.
Os painéis de vidro abrigam diversas células que estão interligadas e a condução de energia é feita por fios instalados no interior dos perfis de alumínio, que levam a energia de um painel a outro. Apesar de encarecer o custo da obra, essa tecnologia é muito usada na Europa em fachadas de prédios e coberturas, com o objetivo de aumentar os ganhos energéticos.
O Water Building Resort, em Dubai, pretende ser o primeiro prédio a converter ar em água, usando a energia solar. Criado pelo arquiteto espanhol Orlando de Urrutia, o projeto tem formato de gota d’água caindo do céu e utilizará alumínio, concreto e vidro em sua construção. A face em que o vidro fotovoltaico será usado ficará voltada para onde há mais incidência de sol.
Recentemente, uma empresa britânica, sediada na Universidade de Oxford, na Inglaterra, desenvolveu um vidro colorido e transparente que poderá substituir os painéis solares convencionais. Com custo bem menor, os cientistas “imprimem” as células solares nos vidros, em um processo semelhante à serigrafia, gerando energia sustentável.
As vantagens da instalação do vidro fotovoltaico são enormes para a natureza. Por ser uma fonte de energia limpa e renovável, as causas negativas para o ambiente ocasionadas pelo efeito estufa são reduzidas e a utilização racional da energia contribui para diminuir a dependência energética por fontes não renováveis, como fósseis, petróleo e nuclear.
Atualmente, a taxa de energia solar capturada pelos vidros fotovoltaicos que é transformada em energia varia de 8% a 16%. Entretanto, o alto custo é uma desvantagem para a adesão em massa dessa tecnologia. No Brasil, o valor das construções encarece cinco vezes mais do que se fosse usado um vidro laminado comum.