Preocupados com o déficit de energia, o Nepal, país do continente asiático, procura alternativas sustentáveis para inverter este quadro crítico, e o governo busca parcerias e subsídios para implantar o projeto de produção de energia a partir de resíduos sólidos.
O evento de sustentabilidade realizado pelo governo do país em abril, “Waste-to-Energy Bazaar 2013”, trouxe planos para viabilizar o lixo da cidade e gerar energia para mais de 670 habitantes. Um projeto estima um potencial de geração de cinco megawatts de eletricidade a partir das 300 toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos diariamente em Kathmandu, capital nepalesa.
A proposta também inclui a biomassa, energia gerada da matéria orgânica animal e vegetal. Dentre as propostas apresentadas, a mais viável foi a de produzir 1,25 megawatts de eletricidade a partir do lixo produzido por 200 mil aves, tecnologia que já foi comprovada em Bangladesh.
Samir Thapar, assistente da direção do Centro de Promoção de Energias Alternativas, (AEPC, em inglês) esclarece que a ideia é levar a tecnologia renovável para a área urbana de Nepal e expandir as atividades que antes se localizavam nas áreas rurais. De acordo com Thapar, Kathmandu estima trazer tecnologias de países vizinhos e adaptar ao próprio contexto em um prazo de três anos.
Para Anil Chitrakar, co-fundador da Iniciativa Climática do Himalaia, “esta ação não é só emocionante. É o caminho para manter um país que vive sem combustíveis fósseis”, afirma. A queima de biomassa representa 86% do consumo de energia do Nepal. Já a energia hidrelétrica assume a demanda de 90% da fonte de eletricidade do país.