Baixa da Selic faz com que investidores busquem alternativas de investimento diferenciadas, como as florestas

A queda da taxa básica de juros (Selic) para 4,25% reduz o interesse de investimentos em fundos de renda fixa como o CDB, LCA (Letra de Crédito Agrícola), LCI (Letra de Crédito Imobiliários) e faz com que investidores busquem alternativas de investimento em longo prazo, de baixo risco.

Diante deste cenário, o investimento em florestas plantadas pode ser uma alternativa capaz de remunerar o capital acima da renda fixa.  “As mudanças econômicas recentes no Brasil tornarão o investimento em florestas atrativos para o capital nacional e para o internacional”, analisa o sócio-diretor da Forest2Market do Brasil, Marcelo Schmid.

No entanto, de acordo com Marcelo, o cenário não é favorável para que ocorra em 2020 uma flexibilização das regras que restringem a aquisição de terras por empresas estrangeiras no Brasil. “Apesar de haver no Congresso Nacional um núcleo com boa vontade para trabalhar esta pauta, o acalorado – e mal informado – debate acerca dos incêndios ocorridos na floresta amazônica no início do ano, trouxe a comunidade internacional oportunista à porta de nosso país, questionando a capacidade brasileira em zelar por seus recursos ambientais e, consequentemente, questionando nossa soberania”.

O que é investimento em florestas?

Investir em floresta plantada nada mais é do que aplicar o dinheiro em árvores ao invés de deixá-lo rendendo na poupança ou em qualquer outro fundo de investimento convencional.

Hoje em dia, qualquer pessoa pode investir na plantação de árvores para a extração da madeira nobre e, além de contribuir com o meio ambiente e auxiliar na redução do aquecimento global, ainda é remunerada por isso. Esta é a proposta de uma startup brasileira, a Radix Florestal, que oferece a oportunidade de investir em florestas via financiamento coletivo (crowdfunding).

A partir de R$ 480,00 é possível adquirir um título florestal – que corresponde a 0,025% de uma floresta de 20 hectares de Mogno Africano – já plantada desde julho de 2018. A startup afirma que a expectativa de crescimento do investimento é de 12% ao ano e o lucro é obtido com a venda da madeira das árvores adultas, que leva cerca de 18 anos para amadurecer – prazo estimado para que o investidor receba o retorno do investimento.

Madeira em alta

De acordo com análise da Forest2Market do Brasil, os preços de madeira, de forma geral, manterão tendência de aumento em diversos mercados, tanto no pinus (em todos os seus estados), quanto no eucalipto (com destaque para São Paulo e Minas Gerais), por questões internas, resultantes do aquecimento econômico e externas, resultantes da demanda mundial por fibra de madeira.

Um nicho em especial continuará bastante movimentado este ano. Ao longo de 2019, devido ao aumento da demanda pela matéria-prima e estagnação da oferta, o suprimento de pinus teve procura histórica. Segundo os dados de monitoramento de preços de toras da Forest2Market, o preço das toras de pinus subiu para todas as classes diamétricas. Em 2020 essa situação tende a ser ainda mais nítida, à medida em que nos aproximamos da data de start-up das expansões já anunciadas.

Em 2020 as indústrias de base florestal que dependem do mercado ou de fornecedores externos terão que entender ainda melhor a dinâmica de matéria-prima (disponibilidade e preço). A Forest2Market do Brasil disponibiliza mensalmente a dezenas de clientes o acesso à SilvaStat360, a única plataforma online de preços de madeira baseada em transações reais coletadas empresa a empresa. Além disso, a empresa possui uma segunda plataforma chamada de Timber Supply Analysis 360, a qual possui dados online de suprimento de madeira, por espécie e idade, nos principais estados brasileiros. No site da Forest2Market é possível encontrar mais informações.